
O descanso de carnaval come�a amanh� e acaba na quarta-feira para a grande maioria dos trabalhadores brasileiros, mas os senadores e deputados, que j� esvaziaram os dois plen�rios na quinta-feira, s� voltar�o a trabalhar na ter�a-feira da semana seguinte, em 7 de mar�o. Na sa�da do plen�rio vazio ontem, o senador Edison Lob�o (PMDB-MA), que preside a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), afirmou que o Congresso brasileiro � um dos mais atuantes no mundo. Ele saiu em defesa dos colegas. “O Congresso brasileiro � um dos que mais trabalham no mundo. Ele tem atividade de segunda a sexta-feira, os parlamentares trabalham muito. N�o tenho nenhuma cr�tica ao funcionamento do Senado”, afirmou.
Normalmente, h� maior movimenta��o e vota��es em plen�rio e nas comiss�es entre ter�a e quinta-feira na C�mara e no Senado. Apesar disso, as atividades foram praticamente encerradas j� na quarta-feira. No meio do dia, os corredores e os plen�rios das duas Casas j� estavam praticamente desertos. A �nica comiss�o em funcionamento na C�mara na quarta-feira era a da Reforma da Previd�ncia, que realizou audi�ncia p�blica acompanhada por alguns deputados.
Alguns senadores, por exemplo, publicaram fotos nas redes sociais nas quais estavam em outros estados.
Apesar do agendamento de uma sess�o deliberativa (com vota��o de projetos) para as 11h desta quinta-feira, as cadeiras do Senado permaneceram praticamente vazias. Pr�ximo ao meio-dia, por exemplo, havia apenas tr�s dos 81 senadores em plen�rio.
Na C�mara, n�o houve sequer previs�o de sess�o deliberativa para ontem. Jos� Medeiros (PSD-MT) discursava sobre a administra��o de munic�pios para uma “plateia” composta pelo presidente da sess�o, Thieres Pinto (PTB-RR), e pelo senador Lasier Martins (PSD-RS), o �nico que ocupava as cadeiras do plen�rio naquele momento. “N�o sei responder pelos demais senadores, estou aqui”, afirmou Lob�o, antes de defender que os parlamentares muitas vezes cumprem miss�es de trabalho em seus respectivos estados ou at� no exterior.
A sess�o esvaziada do Senado serviu, na pr�tica, para a contagem de prazos exigida para a vota��o de propostas. Quando retomarem os trabalhos, os senadores devem apreciar o projeto j� aprovado pela C�mara que reabre o prazo de ades�o ao programa de regulariza��o de recursos de brasileiros mantidos sem declara��o no exterior, a chamada repatria��o. No per�odo sem atividades do carnaval, a dire��o do Senado vai aproveitar para fazer uma pequena reforma no plen�rio da Casa – reparos no forro e em poltronas.
Ao sair do plen�rio, Medeiros afirmou � imprensa que concorda com eventuais cr�ticas sobre a antecipa��o do recesso, mas disse achar que os parlamentares foram “produtivos” em fevereiro. “Desde que me entendo por gente, ou�o dizer que o Brasil s� funciona depois do carnaval. Acho que at� fomos produtivos este m�s. Penso que temos que trabalhar, porque o Brasil todo dia levanta cedo e pega no pesado. Eu, pelo menos, levanto cedo e durmo tarde trabalhando, mas n�o vou julgar os outros”, afirmou. J� o senador Wellington Fagundes (PR-MT), um dos �ltimos a sair da sess�o esvaziada de ontem, minimizou o feriado prolongado, apesar de afirmar que toda paralisa��o prejudica os trabalhos no Congresso. “Toda paralisa��o prejudica, mas faz parte do calend�rio nacional. N�o tem como voc� realizar sess�es em per�odo de feriado e, principalmente, no carnaval, que � uma festa mundialmente reconhecida”, concluiu Fagundes.
Enquanto isso...
...Eun�cio passa por cirurgia
O presidente do Senado, Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), foi submetido a uma cirurgia na manh� desta quinta-feira, em Bras�lia, para a retirada da ves�cula, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da Casa. De acordo com o laudo m�dico, Eun�cio “evolui bem” ap�s a interven��o cir�rgica. Os m�dicos informaram que o parlamentar j� teve alta para um apartamento no Hospital Santa L�cia. Ele est� “consciente, orientado, respirando espontaneamente e com sinais vitais normais”. De acordo com o documento, Eun�cio foi internado na noite de quarta-feira, com crise de colecistite aguda e com obstru��o por c�lculos na vila biliar principal.