A guerra declarada entre o governador Fernando Pimentel (PT) e seu vice, Ant�nio Andrade (PMDB), se reflete na articula��o das candidaturas. O grupo do vice-governador tem o prefeito de Moema, Julvan Lacerda (PMDB), como candidato, apoiado pelo ex-presidente da AMM e ex-prefeito de Par� de Minas Ant�nio J�lio, que coordena a campanha. J� o PMDB do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, aliado de primeira hora de Pimentel, colocou o prefeito de Sabar�, Wander Borges (PSB), que deixou o cargo de deputado para migrar para o Executivo. O PT tem como candidato Daniel Sucupira, de Te�filo Otoni.
O PSDB, que luta para voltar ao Pal�cio Tiradentes em 2018, disputa inicialmente em tr�s frentes. S�o candidatos tucanos os prefeitos de Rit�polis, Higino Souza; de Congonhas, Jos� de Freitas Cordeiro; e de Coronel Fabriciano, Marcos Vin�cius. H�, por�m, uma possibilidade de aproxima��o com Wander Borges, que j� foi secret�rio dos governos dos agora senadores A�cio Neves e Antonio Anastasia.
Segundo calend�rio divulgado pela AMM, a elei��o ser� em 30 de mar�o. O presidente Ant�nio Andrada j� recebeu os candidatos para uma conversa. A elei��o passada, vencida pelo peemedebista Ant�nio J�lio, que deixou o cargo para concorrer � reelei��o em Par� de Minas e acabou perdendo, foi uma das mais disputadas da associa��o, com 420 prefeitos votando e uma diferen�a de 20 votos no resultado. “O que nos interessa no final � que o processo permita a elei��o de uma nova diretoria leg�tima, que possa apresentar com muita for�a os anseios dos munic�pios neste momento de crise. O pr�ximo presidente ter� como desafio a luta contra a constante queda de receitas”, avalia Andrada.
Os candidatos � sucess�o tamb�m apontam a crise econ�mica como principal ponto de partida para elencar as pautas de mobiliza��o e falam em revis�o do pacto federativo. Os prefeitos j� iniciaram as conversas e acreditam que o n�mero de candidaturas pode diminuir at� as v�speras da elei��o. O trabalho � para agregar o maior n�mero de eleitores poss�vel em torno de um nome. Apesar das afinidades pol�ticas, todos se colocam como independentes.
O prefeito de Moema, Julvan Lacerda negou ser candidato de algum lado. “Meu apoio � do PMDB em sua grande maioria, inclusive do vice-governador Ant�nio Andrade”, disse. Julvan disse que sua candidatura nasceu de um grupo de prefeitos por causa de sua atua��o em defesa dos munic�pios no mandato passado. “Sou o candidato do municipalismo. Os munic�pios est�o � m�ngua e vamos exigir o cumprimento das obriga��es por parte dos governos do estado e federal. Minha candidatura � de independ�ncia”, disse. O candidato afirma que conversar� com Andrade, mas tamb�m com Pimentel, e espera que alguns dos concorrentes desistam em favor dele em alguma composi��o futura.
CONVERSAS O prefeito de Sabar�, Wander Borges, tamb�m n�o aceita ser colocado como o candidato de Adalclever. Segundo ele, a candidatura surgiu a partir da conversa n�o s� com o presidente da Assembleia, mas com grupos de deputados. “Sou um municipalista convicto e estamos colocando o nome por sugest�o de deputados e prefeitos amigos, na tentativa de conseguir os votos dos pares”, disse. Borges tamb�m vai conversar com todos e diz que o desafio do pr�ximo presidente da AMM ser� qualificar o gasto p�blico e comandar pautas de apoio aos munic�pio. “Minha candidatura � de uni�o por aquilo que os munic�pios precisam”, disse.
J� o prefeito Marcos Vin�cus, de Coronel Fabriciano, um dos tr�s candidatos do PSDB, disse que sua bandeira principal � o municipalismo, com os pleitos de revis�o do pacto federativo e de fortalecimento das associa��es microrregionais. Sobre o n�mero maior de candidaturas tucanas, ele afirma que o partido tem muitos nomes de qualidade e pessoas que se destacam em cada regi�o. Ele n�o descarta a converg�ncia em torno de um nome. “Claro que estamos conversando”, diz. O prefeito nega ser uma candidatura de oposi��o ao governador Fernando Pimentel. “A AMM n�o tem nada a ver com o Pal�cio ou com Bras�lia, � sem bandeira partid�ria”, garante.