Bras�lia, 28 - A Pol�cia Militar do Estado do Esp�rito Santo informou nesta ter�a-feira que o capit�o da reserva Lucinio Castelo de Assum��o, conhecido como Capit�o Assum��o, se entregou nesta manh� na Corregedoria da Pol�cia Militar e est� recolhido no pres�dio da corpora��o. Ontem, o sargento Aur�lio Robson Fonseca da Silva tamb�m se apresentou � PM do Estado.
Assum��o, Silva e outros dois policiais tiveram a pris�o decretada no s�bado pela Justi�a Militar do Esp�rito Santo, a pedido do Minist�rio P�blico Estadual, por envolvimento no motim dos policiais militares do Estado. Eles s�o acusados de incitar o movimento e de aliciamento de outros policiais com a divulga��o de �udios e v�deos em redes sociais.
No s�bado, a pol�cia tentou prender os quatro policiais em suas casas, mas n�o os encontrou. Um deles, o Capit�o Assum��o, que � ex-deputado federal e aliado do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), foi encontrado mais tarde no 4� Batalh�o da PM, em Vila Velha. Os policiais da Corregedoria da PM chegaram a det�-lo, mas ele escapou.
Segundo agentes da equipe que tentou prend�-lo, Assum��o conseguiu fugir em meio a um tumulto criado por um grupo de colegas e de mulheres de policiais amotinados, que se manifestava em frente ao quartel. Houve troca de empurr�es e o ex-deputado escapou depois de receber voz de pris�o.
Dos quatro militares que tiveram a pris�o decretada, apenas o tenente-coronel Carlos Alberto Foresti havia sido detido no s�bado, quando se apresentou na unidade da Pol�cia Militar de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e foi encaminhado para o pres�dio da Pol�cia Militar do Esp�rito Santo, em Vit�ria.
A PM informou hoje que "estar� adotando medidas para cumprir a ordem de pris�o do quarto policial militar com mandando de pris�o ainda em aberto".
As investiga��es da PM apontaram que o tenente-coronel Foresti, que trabalhava no centro de despacho de viaturas, desde o in�cio do movimento, fez manifesta��es de apoio aos policiais com divulga��o de v�deos nas redes sociais. J� o capit�o Assum��o teve participa��o presencial nas entradas dos quart�is e divulga��o de mensagens de apoio nas redes sociais.
Conforme o
Estado
mostrou em reportagem do fim de semana, o motim contou com o apoio de um grupo aliado de Bolsonaro no Esp�rito Santo. O secret�rio de Controle e Transpar�ncia do Esp�rito Santo, Eug�nio Ricas, disse que h� ind�cios claros de que o movimento foi de "fachada" motivado por interesses pol�ticos e econ�micos.
Sem citar nomes, o secret�rio afirmou que o Esp�rito Santo viveu um quadro de "terrorismo digital" por meio da dissemina��o de informa��es falsas e boatos com o objetivo expl�cito de colocar a popula��o em p�nico, paralisar o transporte p�blico e fechar o com�rcio. Segundo Ricas, 80% das mensagens partiram de pessoas e redes de fora do Estado.
Uma equipe de especialistas em comunica��o digital ajudou a reportagem a rastrear o movimento de apoio nas redes sociais ao motim da PM. Bolsonaro publicou na sexta-feira em sua p�gina no Facebook a mesma resposta que deu ao
Estado
, informando que s� se manifestaria sobre o assunto ao vivo e desde que a conversa fosse gravada em v�deo. A defesa dos envolvidos n�o foi localizada.
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PM prende ex-deputado aliado de Bolsonaro
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