
Na senten�a, Moro lembrou que o ex-tesoureiro tem "maus antecedentes" e citou a condena��o de Del�bio na A��o Penal (AP) 470, que ficou conhecida como Mensal�o. "N�o �, por�m, reincidente pois o crime presente � anterior ao tr�nsito em julgado da condena��o na A��o Penal 470", escreveu o juiz.
Moro considerou, no entanto, que o r�u agiu de forma sofisticada. "A lavagem, no presente caso, envolveu especial sofistica��o, com utiliza��o de duas pessoas interpostas entre a fonte dos recursos e o seu destino final, al�m da simula��o de dois contratos falsos de empr�stimo. Tal grau de sofistica��o n�o � inerente ao crime de lavagem e deve ser valorado negativamente a t�tulo de circunst�ncias", diz o trecho da senten�a referente a Del�bio.
Tamb�m foram condenados nesta a��o penal os empres�rios Ronan Maria Pinto, Enivaldo Quadrado, Luiz Carlos Casante e Natalino Bertin. No caso deste �ltimo, Moro considerou o crime como prescrito devido ao tempo decorrido entre o �ltimo delito e o recebimento da den�ncia.
Foram absolvidos no processo o empres�rio Oswaldo Rodrigues Vieira Filho, o publicit�rio Marcos Val�rio de Souza, o jornalista Breno Altmann, e o ex-presidente do Banco Schahin, Sandro Tordin.
Todos os condenados podem recorrer da senten�a.
A investiga��o
A 27ª fase da Opera��o Lava Jato foi deflagrada ap�s suspeita de fraude em um empr�stimo realizado entre o pecuarista Jos� Carlos Bumlai e o Banco Schahin. Segundo o Minist�rio P�blico Federal (MPF), a d�vida foi quitada atrav�s da contrata��o do Grupo Schahin para a opera��o do navio-sonda Vit�ria 10.000. O contrato custou � Petrobras o valor de US$ 1,6 bilh�o.
A investiga��o apontou Del�bio como solicitante do empr�stimo. Segundo depoimento do publicit�rio Marcos Val�rio, parte do dinheiro foi destinada ao empres�rio Ronan Maria Pinto, que teria "chantageado" lideran�as do PT.
Defesas
O advogado Pedro Paulo de Medeiros, que representa Del�bio Soares, disse em nota que vai recorrer da senten�a e ressaltou que "em momento algum" o ex-tesoureiro "solicitou ou anuiu com empr�stimo de valores junto ao Banco Schahin".
Fernando Jos� da Costa, respons�vel pela defesa do empres�rio Ronan Maria Pinto, tamb�m se manifestou atrav�s de nota: “N�o concordamos com a decis�o proferida e estaremos recorrendo perante aos tribunais superiores”.