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Estado de Minas

Doa��es somaram R$ 200 mi em 2014


postado em 04/03/2017 00:12

Bras�lia – O diretor de Infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Barbosa J�nior, o BJ, disse em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na quinta-feira, que a empreiteira havia reservado R$ 200 milh�es para doa��es eleitorais em 2014, entre repasses legais feitos em nome da empresa, por interm�dio de terceiros e por meio de caixa 2. O depoimento foi tomado pelo ministro do TSE Herman Benjamin, relator da a��o, movida pelo PSDB, que investiga irregularidades na campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.

De acordo com Barbosa, os R$ 200 milh�es foram efetivamente gastos com campanhas. Segundo ele, desse valor, R$ 120 milh�es foram pagos por meio de doa��es legalmente registradas em nome da Odebrecht. Outros R$ 40 milh�es foram repassados por meio da cervejaria Itaipava, pr�tica que � chamada de doa��o por terceiros, e os R$ 40 milh�es restantes foram pagos via caixa 2, sem registro oficial. O executivo foi expl�cito quanto a origem desses recursos: todos seriam provenientes do “Departamento de Opera��es Estruturadas” da Odebrecht, �rea da empresa respons�vel pelo pagamento de propinas.

O empres�rio disse que “todos os grandes partidos” receberam dinheiro legal e por meio de caixa 2 da Odebrecht e subsidi�rias. Benedicto J�nior detalhou que o valor de cerca de R$ 200 milh�es foi definido numa reuni�o entre Marcelo Odebrecht e executivos da companhia. Desse total, 60% (R$ 120 milh�es) sa�ram da construtora; de 20 % a 25% (de R$ 40 milh�es a R$ 50 milh�es) de empresas terceirizadas ligadas a Odebrecht; e de 15% a 20% (R$ de 30 milh�es a R$ 40 milh�es) por meio de caixa 2.

Como o foco do depoimento de Benedicto J�nior ao TSE � a chapa Dilma-Temer, que est� sob investiga��o da Justi�a Eleitoral, o relato envolvendo o PSDB durou menos de um minuto, afirmou ao jornal O Globo uma fonte que acompanhou a oitiva.

Benedicto J�nior disse, segundo relato de uma pessoa que acompanhou o depoimento, que n�o poderia ajudar em mais detalhes envolvendo as campanhas presidenciais por dois motivos – o primeiro, porque os grandes candidatos eram atendidos por Marcelo Odebrecht, dono da empresa; o segundo, porque n�o acompanhou os desdobramentos das negocia��es por alguns per�odos j� que sua mulher estava tratando um c�ncer em 2014.

O ex-executivo disse que usava as empresas do Grupo Petr�polis porque o grupo Odebrecht n�o queria ser listado como a maior doadora a pol�ticos. J� Marcelo Odebrecht afirmou que “usava muito” a Itaipava para fazer doa��es eleitorais sem que o nome da empreiteira se tornasse p�blico e, depois, “procurava um jeito” de reembolsar a cervejaria. Em mar�o do ano passado, foram encontradas planilhas na casa de BJ que mostravam a liga��o da empreiteira com a cervejaria. A Itaipava tem afirmado que “todas as doa��es feitas pelo Grupo Petr�polis seguiram estritamente a legisla��o eleitoral e est�o registradas”.

A colheita de depoimentos de delatores da Odebrecht, determinada pelo relator Herman Benjamin, continua na pr�xima semana. Na segunda-feira, outros tr�s ex-executivos ser�o ouvidos.

 


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