S�o Paulo, 06 - Ap�s ter sido defendido publicamente pelo afilhado pol�tico Jo�o Doria para se candidatar a presidente e de reconhecer que tem essa vontade, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que � preciso aguardar 2018 para que uma candidatura ao Planalto esteja definida.
Al�m disso, ele reconheceu que Doria � uma "revela��o" no campo pol�tico, mas que uma candidatura dele futura ainda depende do passar do tempo. Alckmin e Doria estiveram no almo�o-debate promovido pelo Lide, grupo de empresas criada por Doria e dirigida pelo atual prefeito de S�o Paulo at� as elei��es.
"Tudo tem seu tempo, n�s estamos em um momento �mpar. N�o devemos antecipar processo sucess�rio porque isso encurta governo, este ano tem que ser o ano das reformas", disse Alckmin, em entrevista coletiva ap�s dar uma palestra no evento. Comentando a possibilidade de o PSDB lan�ar Doria como candidato a governador no ano que vem, Alckmin repetiu as declara��es de que � preciso esperar o ano que vem para definir candidaturas. Ele destacou, por�m, que todos, at� os antigos advers�rios, reconhecem em Doria a "capacidade de lideran�a, de aglutinar for�as, trabalhar e criar sentido de pertencimento em S�o Paulo."
Para o governador, Doria mostrou que n�o tem "m�gica" na administra��o p�blica. "Claro que Doria � uma revela��o", disse. � recente onda de apoio do nome de Doria para governador, e at� para presidente, cargo pretendido por Alckmin, o governador atribuiu os novos modelos de gest�o na Prefeitura de S�o Paulo, a efici�ncia no gasto p�blico, a participa��o e o exemplo de pessoal. "Eu me sinto extremamente feliz com essa boa repercuss�o (de Doria nacionalmente) e toda parceria para ajudar", disse Alckmin.
O tucano reconheceu que � natural discutir a pr�xima elei��o assim que termina um pleito, como ocorreu no ano passado, mas repetiu que "tudo tem seu tempo" e que "n�o � agora". Ele falou que com o passar do tempo uma candidatura majorit�ria vai virando realidade e adquirindo naturalidade.
Lava Jato
Perguntado sobre a expectativa de abertura de inqu�ritos para investigar citados nas dela��es da Odebrecht, Alckmin defendeu a separa��o do "joio do trigo" e disse que qualquer den�ncia precisa ser apurada. Citado em dela��es, o tucano disse que � necess�rio separar quem cometeu corrup��o, se enriquecendo ilicitamente, de "outros casos".
"Qualquer que seja a lista, o caminho deve ser de esclarecer a opini�o p�blica e investigar, mas precisamos separar o joio do trigo. Precisamos ter cuidado para n�o misturar pessoas que fizeram corrup��o, se enriquecerem, o patrimonialismo, com outros casos", declarou.
Previd�ncia complementar
O governador disse ainda que a Prevcom, funda��o que gerencia o regime de previd�ncia complementar dos servidores p�blicos estaduais, est� sendo aberta a munic�pios e outros Estados.
Em seu discurso no evento da Lide, Alckmin adiantou que Rond�nia est� entre os Estados que estudam aderir � previd�ncia complementar de S�o Paulo.
O tucano deu a informa��o quando abordou em sua fala a reforma da Previd�ncia feita em 2013 no Estado, o que, segundo ele, permitir� reduzir no futuro um d�ficit que hoje soma R$ 17 bilh�es. Aos servidores que entraram no funcionalismo estadual ap�s as mudan�as de regras, o governo se compromete a pagar no m�ximo o teto do INSS (cerca de R$ 5 mil) como aposentadoria. Quem quiser receber mais, precisa contribuir � previd�ncia complementar.