Bras�lia - Na v�spera de assumir o Minist�rio da Justi�a, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou nesta segunda-feira, 6, que n�o pretende fazer mudan�as na c�pula da Pol�cia Federal, corpora��o subordinada � pasta e respons�vel por conduzir as investiga��es da Opera��o Lava-Jato.
Ao ser questionado sobre o tema enquanto circulava pela C�mara dos Deputados, o futuro ministro chegou a brincar dizendo que trocaria o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, nos pr�ximos 15 dias, porque ele estava interferindo demais nos rumos da Opera��o Lava Jato. Diante da rea��o de incredulidade dos rep�rteres, Serraglio riu e afirmou que n�o seria "maluco" de fazer isso. A cerim�nia de posse do ministro da Justi�a est� marcada para as 15h30 desta ter�a-feira, 7.
Serraglio afirmou que ainda est� definindo a sua equipe. Segundo o peemedebista, o secret�rio executivo da pasta, Jos� Levi Mello do Amaral, que est� como ministro interino, ser� mantido no cargo e um nome de S�o Paulo, indicado pelo advogado criminalista Ant�nio Claudio Mariz de Oliveira, ser� o novo secret�rio de Seguran�a P�blica. Mariz � amigo do presidente Michel Temer e dever� assumir um cargo de assessor especial do Pal�cio do Planalto para orientar a atua��o do governo sobre o tema.
Funai
O futuro ministro afirmou tamb�m que ainda vai analisar se mant�m ou n�o o novo presidente da Funda��o Nacional do �ndio (Funai), Ant�nio Fernandes Toninho Costa, indicado para o cargo em janeiro. O �rg�o � subordinado ao Minist�rio da Justi�a.
Serraglio, integrante da bancada ruralista da C�mara, foi o relator da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) 215, de 2010, que prev� que a demarca��o de terras ind�genas e quilombolas tem de passar pelo Congresso, em vez de depender apenas do Executivo. "Essa � uma quest�o delicada", limitou-se a dizer o futuro ministro.
Press�o
Serraglio foi nomeado por Temer como ministro da Justi�a no �ltimo dia 23. Desde que o presidente escolheu o ent�o titular da pasta Alexandre de Moraes para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) - em substitui��o ao ministro Teori Zavascki, que morreu em janeiro em um acidente a�reo -, a bancada do PMDB na C�mara dos Deputados pressionava o governo para ficar com o comando do Minist�rio da Justi�a.