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Estado de Minas

TSE intima outros delatores e amplia foco na Odebrecht


postado em 09/03/2017 07:37

Bras�lia, 09 - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin intimou o ex-funcion�rio da Odebrecht Jos� de Carvalho Filho, a ex-secret�ria Maria L�cia Tavares e o ex-executivo Fernando Miggliaccio a prestarem depoimento nesta sexta-feira, 10, na a��o que pede a cassa��o da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer por abuso do poder econ�mico e pol�tico.

Al�m disso, o ministro, que � relator da a��o, decidiu incluir o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto J�nior, o BJ, em acarea��o que ser� realizada tamb�m na sexta.

Carvalho foi citado no depoimento do ex-diretor de Rela��es Institucionais da empreiteira Cl�udio Melo Filho como o respons�vel por viabilizar o repasse de R$ 4 milh�es ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. A remessa teria sido acertada durante jantar no Pal�cio do Jaburu, em 2014, do qual tamb�m participou o ent�o vice-presidente Michel Temer.

Citado 34 vezes na dela��o de Melo Filho � Lava Jato, Carvalho tamb�m seria o respons�vel pelo envio de valores ao ex-assessor da Presid�ncia Jos� Yunes, por meio do operador financeiro L�cio Funaro. Yunes disse ter servido de "mula involunt�ria" de Padilha ao receber um pacote de Funaro que deveria ser entregue ao ministro.

Segundo pessoas que tiveram acesso ao depoimento de Melo Filho ao TSE, o ex-diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht disse que Carvalho recebeu um telefonema em tom r�spido do ent�o presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - atualmente preso na Lava Jato -, cobrando R$ 1 milh�o dos R$ 4 milh�es destinados a Padilha.

Melo Filho afirmou ainda, no depoimento ao TSE, ter avisado Padilha sobre o telefonema e, segundo o ex-diretor da empreiteira, o ministro disse que resolveria a quest�o pessoalmente com Cunha.

Procurado pela reportagem, Padilha n�o se manifestou.

Delatora

Maria L�cia atuou no Setor de Opera��es Estruturadas, o chamado "departamento de propina" da Odebrecht, onde foi respons�vel pelos pagamentos e pela contabilidade.

Alvo da Opera��o Acaraj�, 23.� fase da Lava Jato, em fevereiro de 2016, Maria L�cia fez acordo com o Minist�rio P�blico Federal. Em troca da liberdade e de um poss�vel perd�o judicial, relatou aos investigadores como funcionava o "departamento de propina". Ela � considerada a testemunha-chave que levou o alto escal�o da Odebrecht a buscar dela��o.

Miggliaccio � considerado um dos respons�veis pelo "departamento da propina" da empreiteira baiana. Era ele que administrava a conta no exterior por meio da qual eram feitos pagamentos de propina.

Tamb�m na sexta o TSE far� uma acarea��o entre tr�s delatores: Melo Filho, o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e Hilberto Mascarenhas, ex-funcion�rio da Odebrecht e ligado ao "departamento de propina".

Um dos objetivos � esclarecer vers�es conflitantes sobre o jantar no Jaburu. Marcelo Odebrecht disse ao TSE que Temer deixou o jantar antes que fosse acertado o repasse de R$ 10 milh�es ao PMDB, por meio de Padilha. J� Melo Filho reafirmou � Justi�a Eleitoral o teor de sua dela��o, na qual afirmou que Temer "solicitou direta e pessoalmente" a Marcelo Odebrecht apoio financeiro �s campanhas do PMDB.

Mascarenhas e Benedicto J�nior devem esclarecer outro ponto do depoimento de Marcelo Odebrecht. O ex-presidente da empreiteira disse ter reservado R$ 150 milh�es para o PT em 2014, dos quais 4/5 foram repassados via caixa 2.

J� os outros dois depoentes relataram ter participado de reuni�o com o herdeiro do grupo em mar�o de 2014 na qual o ent�o presidente da empreiteira teria dito que o valor global das doa��es naquele ano seria de R$ 200 milh�es, a todos os partidos - R$ 120 milh�es seriam doados oficialmente, R$ 40 milh�es por meio da cervejaria Itaipava e outros R$ 40 milh�es via caixa 2. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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