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Estado de Minas

Meirelles diz n�o ter presenciado nada 'il�cito ou ilegal' durante o governo Lula

As declara��es foram dadas em depoimento por videoconfer�ncia ao juiz S�rgio Moro.


postado em 10/03/2017 13:07 / atualizado em 10/03/2017 13:34

Bras�lia, 10 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse n�o ter presenciado nada "il�cito ou ilegal" durante o governo Luiz In�cio Lula da Silva, quando foi presidente do Banco Central. Meirelles tamb�m afirmou que sua rela��o com parlamentares se restringia a depoimentos em comiss�es e n�o teve conhecimento sobre compra de apoio no Congresso Nacional.

As declara��es foram dadas em depoimento por videoconfer�ncia ao juiz S�rgio Moro, em a��o penal no �mbito da Lava-Jato, que investiga supostos crimes de lavagem de dinheiro do ex-presidente. O v�deo do depoimento foi divulgado nos autos do processo.

No v�deo, Meirelles � questionado apenas pela defesa do ex-presidente. Moro n�o fez nenhuma pergunta e chegou a brincar que teria questionamentos econ�micos, mas que aquela n�o era a ocasi�o apropriada para faz�-los.

A defesa de Lula perguntou se o ministro, enquanto presidente do Banco Central, identificou alguma pr�tica indevida, como, por exemplo, Lula comandar um esquema de corrup��o no governo. "Minha rela��o com o presidente era totalmente focada em assuntos do Banco Central ou de pol�tica econ�mica. Nunca vi ou presenciai nada que pudesse ser identificado como il�cito ou ilegal", afirmou.

Os advogados de Lula tamb�m perguntaram a Meirelles se, no contato com parlamentares para cumprir fun��es do Banco Central, ele teria tomado conhecimento de algum dado que pudesse indicar que o governo estaria promovendo a compra de apoio para expandir sua base no Congresso.

Meirelles respondeu que a rela��o dele com o Parlamento se restringia a depoimentos em comiss�es e � presta��o de contas do BC ao Senado. Sob seu comando, refor�ou, a autoridade monet�ria n�o se envolveu em pol�ticas de governo ou na rela��o com parlamentares.

"N�o tive conhecimento (sobre compra de apoio), porque minhas presen�as no Congresso diziam respeito exclusivamente a assuntos do BC. Para ser mais preciso, pode ter havido algum parlamentar que pediu audi�ncias ao BC para mencionar situa��o espec�fica de interesse do Banco Central, mas n�o tive nenhum tipo de conhecimento ou intera��o com outros assuntos que n�o fossem do BC", afirmou Meirelles.

A defesa de Lula insistiu no questionamento sobre se Meirelles teve conhecimento de fato que indicassem a presen�a de uma estrutura criminosa no governo chefiada diretamente pelo ex-presidente. "N�o tive acesso a nenhuma informa��o sobre isso, me limitava aos assuntos do BC", repetiu o ministro.

Independ�ncia

Meirelles confirmou ainda que Lula cumpriu a promessa de dar independ�ncia operacional a ele na presid�ncia do Banco Central, cargo em que permaneceu durante todo o per�odo que compreende os dois mandatos do petista (2003-2010). "Independente de desacordos que tive com outros membros do governo e outros ministros, sempre tomei decis�es no BC de forma independente e o presidente Lula me manteve no cargo", relatou.

Resultados econ�micos

O ministro tamb�m foi perguntado sobre os resultados econ�micos do governo Lula e avaliou que o grande fator daquele per�odo foi a estabiliza��o da infla��o e da economia, com a queda dos custos financeiros e dos juros para as empresas. "Isso levou ao aumento do cr�dito e do crescimento. Paralelamente, o governo adotou pol�ticas de cunho social para complementar a renda da popula��o mais necessitada", afirmou.

Pergunta impugnada

A defesa de Lula ainda chegou a perguntar se, na avalia��o de Meirelles, o governo Lula teria trazido benef�cio para o Pa�s, e n�o benef�cios pr�prios para pessoas do governo, mas essa pergunta foi impugnada pelo juiz S�rgio Moro, que disse n�o "ser apropriado fazer propaganda pol�tica" no depoimento.


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