Bras�lia, 12 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva avalia que a Lava Jato causar� impacto em �todos os partidos� e diz agora que o que chama de �exageros� da opera��o, somados ao desemprego e � crise econ�mica, tendem a produzir um movimento �queremista� por sua volta ao poder.
Pela primeira vez desde que virou r�u na Lava Jato, Lula come�ou a chamar aliados para detalhar seus planos e admitir a inten��o de disputar o Pal�cio do Planalto, tendo o comando do PT como ponto de apoio para ganhar mais visibilidade.
�Para voc�s posso dizer: eu serei candidato � Presid�ncia da Rep�blica�, afirmou ele � deputada Luciana Santos (PE), que comanda o PCdoB, e tamb�m a Orlando Silva (SP). A conversa ocorreu na segunda-feira passada, em S�o Paulo.
Lula j� encomendou ao ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a Luiz Gonzaga Belluzzo e a professores da USP, como Laura Carvalho, propostas para a confec��o de um programa econ�mico, como antecipou o Estado. O mote de sua plataforma ser� o est�mulo ao consumo �com responsabilidade fiscal�.
Mesmo o tradicional aliado PCdoB, por�m, j� faz previs�es para se descolar do PT, lan�ando o governador do Maranh�o, Fl�vio Dino, � sucess�o do presidente Michel Temer.
Os petistas n�o t�m Plano B para o caso de Lula ser impedido de disputar a Presid�ncia, se for condenado na Justi�a em segunda inst�ncia e virar ficha-suja. Hoje, ele � alvo de cinco a��es penais - tr�s na Lava Jato -, mas, mesmo assim, lidera as pesquisas de inten��o de voto.
� beira de um racha, o PT tem alas que veem com simpatia o aval a Ciro Gomes (PDT), caso Lula n�o possa concorrer. A ades�o a Ciro, por�m, ocorreria somente em �ltimo caso. O grupo que defende essa alternativa quer uma �opera��o casada�, na qual o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad seria candidato a vice. A hip�tese nem de longe tem a maioria do partido.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.