(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

'Em time que est� ganhando n�o se mexe', diz Padilha

O ministro da Casa Civil � um dos nomes mais influentes no governo Michel Temer e principal articulador da reforma da Previd�ncia.


postado em 13/03/2017 15:01 / atualizado em 13/03/2017 18:51

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira, 13, que a cita��o ao seu nome em dela��es premiadas n�o � motivo para sair do governo. "Em time que est� ganhando n�o se mexe", afirmou o chefe da Casa Civil. "S� cita��o de delator n�o � motivo para nada."

Homem forte do governo e fiador da reforma da Previd�ncia, Padilha retornou ao Pal�cio do Planalto ap�s 21 dias de licen�a. O ministro se submeteu a uma cirurgia para retirada da pr�stata, em Porto Alegre, no �ltimo dia 27.

Ao chegar, o chefe da Casa Civil participou de uma reuni�o com o presidente Michel Temer. Questionado se faria um pronunciamento para esclarecer acusa��es de delatores da Odebrecht, segundo as quais teria recebido R$ 4 milh�es da empreiteira na campanha eleitoral de 2014, Padilha respondeu que n�o.

"O presidente Michel Temer j� firmou a linha de posicionamento do governo", argumentou ele, numa refer�ncia ao par�metro estabelecido por Temer para que ministros deixem a equipe. Pela linha de corte fixada por Temer, quem for denunciado ser� afastado para investiga��o. Se algum auxiliar virar r�u, por�m, ter� de sair do governo.

"N�o vou falar sobre o que n�o existe", insistiu o chefe da Casa Civil. "Est� tudo baseado num delator. Qualquer fala agora vai ser prejudicial � investiga��o e a mim. Ent�o fico quietinho."

Padilha afirmou que os m�dicos queriam que ele permanecesse em licen�a no m�nimo at� o pr�ximo dia 19. "Eu tinha de ficar de repouso at� a semana que vem, segundo recomenda��o m�dica, mas o psicol�gico disse que eu tinha de voltar", disse Padilha, lembrando que a proposta de reforma da Previd�ncia, em tramita��o na C�mara dos Deputados, � alvo de cr�ticas at� mesmo da base aliada.

"Eu e minha equipe � que temos mem�ria da Previd�ncia", disse o chefe da Casa Civil. "Os m�dicos disseram que sou doido, mas eu precisava voltar."

Pronto retorno

Na semana passada, o l�der do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), recomendou que Padilha voltasse "imediatamente" ao cargo para evitar que o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pusesse um aliado em sua cadeira. "Pol�tica n�o se aprende, se compreende. S�o sinais. Se ele n�o voltar, o Cunha coloca o Gustavo Rocha na cadeira dele", afirmou Renan, numa refer�ncia ao subsecret�rio de Assuntos Jur�dicos da Casa Civil, que j� foi advogado de Cunha.

Na lista dos "sinais" mencionados por Renan estavam a reorganiza��o do Centr�o, grupo que era controlado por Cunha na C�mara. "J� botaram o Osmar Serraglio no Minist�rio da Justi�a e o Andr� Moura (deputado do PSC) na lideran�a do governo no Congresso", afirmou Renan, na quarta-feira passada, numa alus�o a conhecidos aliados de Cunha.

"Marun vai a Curitiba (onde o ex-presidente da C�mara est� preso) e volta querendo deixar claro que agora, depois de avan�arem sobre o governo, v�o querer avan�ar sobre o partido. Eu mesmo n�o fico num partido coordenado por Marun. N�o d�, n�?"

A licen�a de Padilha coincidiu com o agravamento da crise pol�tica. Nesse per�odo, o advogado Jos� Yunes disse que, em setembro de 2014, recebeu um "pacote" em seu escrit�rio, a pedido de Padilha, das m�os do operador financeiro L�cio Funaro. O lobista � ligado a Cunha.

Al�m disso, dela��es premiadas de ex-executivos da Odebrecht - incluindo a do pr�prio Marcelo Odebrecht - tamb�m ligaram Padilha a um esquema de recebimento de recursos para campanhas do PMDB.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)