O empres�rio Em�lio Odebrecht, patriarca do grupo, afirmou nesta segunda-feira, 13, ao juiz federal S�rgio Moro, dos processos da Opera��o Lava Jato, em Curitiba, que os pagamentos n�o contabilizados, o caixa 2, existem e reinaram desde seu antepassado no Brasil. Ele dep�s como testemunha de defesa do filho Marcelo Bahia Odebrecht, que est� preso desde 19 de junho de 2015.
"Isso (caixa 2) sempre foi o modelo reinante no Pa�s e que veio at� recentemente. Porque houve o impedimento e foi a partir de 2014 e 2015. Mas at� ent�o, sempre existiu, desde a minha �poca, da �poca do meu pai, da minha �poca e tamb�m de Marcelo, de todos aqueles que foram executivos do grupo", afirmou Em�lio. A empresa foi fundada em 1944 por Norberto Odebrecht.
Em�lio falou a Moro por videoconfer�ncia, da Justi�a Federal, em S�o Paulo. Ele negou corrup��o na Petrobras e argumentou que n�o foi o filho, Marcelo, o respons�vel pelos pagamentos n�o contabilizados da empresa.
"O senhor tinha conhecimentos de pagamentos n�o contabilizados pela Norberto Odebrecht?", questionou a defesa de Marcelo.
"Sim. Sabia que existia, exatamente uso de recursos n�o contabilizados", respondeu Em�lio.
O advogado questionou se a "sistem�tica de pagamentos de recursos n�o contabilizados" da Odebrecht foi criada pelo presidente afastado do grupo Marcelo Odebrecht, que � r�u no processo.
"N�o, em hip�tese nenhuma."
Nessa a��o penal, o herdeiro do grupo � r�u por pagar propinas para o PT via ex-ministro Antonio Palocci.
Em�lio lembrou que em sua �poca � frente do comando da Odebrecht, antes de Marcelo, j� se pagava caixa 2 e que dois executivos do grupo eram os homens de sua confian�a respons�veis por esses pagamentos. "Um falecido e outro com alzheimer."