S�o Paulo - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tenta na Justi�a evitar que os metrovi�rios fa�am uma paralisa��o programada para a quarta-feira. Ap�s o Sindicato dos Metrovi�rios de S�o Paulo sinalizar participa��o na greve geral de amanh� contra a reforma da Previd�ncia, Alckmin anunciou que entrou na Justi�a com um pedido de liminar para garantir o funcionamento do sistema Metr� em S�o Paulo.
"N�o tem raz�o paralisar um sistema de metr� que transporta 5 milh�es de passageiros porque � contra e quer mudar a reforma da Previd�ncia. Pode faz�-lo, mas n�o dessa forma", disse o governador. "Entramos com pedido de liminar e seremos dur�ssimos no sentido de cumprimento da decis�o judicial", afirmou.
O governador avaliou que os metrovi�rios n�o podem parar e prejudicar a vida de trabalhadores que precisam se deslocar aos seus locais de trabalho. Ele tamb�m dirigiu a cr�tica aos professores, falando que alunos n�o podem ficar sem aulas por causa das manifesta��es. "Em rela��o � reforma da Previd�ncia, est� em discuss�o, pode ser aperfei�oada, rejeitado ou aprovada. O que n�o tem sentido � o aluno n�o estudar por causa disso, o trabalhador n�o poder usar o transporte coletivo", comentou.
No Estado, os professores pedem tamb�m o reajuste salarial em 2017. Alckmin afirmou que a Secretaria da Educa��o vai estar em contato permanente com as entidades do magist�rio e as que representam os profissionais do setor administra��o da pasta. O governador determinou que o secret�rio de Educa��o, Jos� Renato Nalini, monte um grupo com professores para acompanhar o or�amento do Estado. A inten��o � dar reajuste apenas quando a arrecada��o aumentar. O governo do Estado espera melhora na arrecada��o a partir do segundo semestre do ano, como j� falou o secret�rio estadual da Fazeda, Helcio Tokeshi.
O secret�rio Nalini afirmou que o governo entende a reivindica��o e se solidariza com os professores, mas disse que um reajuste vai ser dado apenas "quando a economia melhorar". O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S�o Paulo (Apeoesp) afirma que os sal�rios est�o defasados em 20%, j� que n�o h� reajuste desde 2014. "Assim que n�s pudermos, vamos premiar o funcion�rio compensando esse longo per�odo em que n�o houve possibilidade de fazer reajuste, conforme eles merecem", disse o secret�rio.
Refor�o
O governador anunciou um processo seletivo para aulas de refor�o em 2.105 escolas que est�o com baixo desempenho no �ndice de Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Ideb). A proposta � contratar professores, inclusive aposentados, e universit�rios para aulas com jornada de 5 ou 15 horas e uma remunera��o de at� R$ 1,5 mil.
O projeto vai ocorrer em parceria com o governo federal, por meio do programa Mais Educa��o, e vai receber investimentos de R$ 20 milh�es da Uni�o. A partir de 27 de mar�o, os interessados podem fazer o cadastro junto ao Minist�rio da Educa��o e de disponibilizar para dar as aulas. A inten��o � refor�ar especialmente os ensino de L�ngua Portuguesa e Matem�tica.
O secret�rio da Educa��o, Jos� Renato Nalini, disse que espera que aposentados se interessem no programa e voltem a ter contato com os alunos. "N�s reconhecemos que os aposentados est�o numa situa��o aflitiva, mas vemos essa possibilidade de se credenciarem para acompanhar turmas. O retorno deles, o contato com as crian�as, pode ser saud�vel para eles", afirmou. A Secretaria espera que 200 mil estudantes participem do programa.