Pez�o revoga nomea��o de aliada de Cunha r� na Lava Jato

S�o Paulo, 14 - O governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), tornou sem efeito nesta ter�a-feira, 14, a nomea��o para o cargo de secret�ria de Estado da ex-deputada r� na Lava Jato e aliada de Eduardo Cunha (PMDB), Solange Almeida (PMDB), publicada na segunda-feira, 13, no Di�rio Oficial do Estado.

Segundo nota divulgada pelo governo do Rio nesta tarde, a decis�o do governador foi tomada ap�s o recebimento de um comunicado do Minist�rio P�blico Federal (MPF), com a informa��o de que Solange foi condenada em segunda inst�ncia por improbidade administrativa.

A perda do efeito da nomea��o ser� publicada nesta quarta-feira, 15, no Di�rio Oficial. Segundo a nota, o novo titular da Secretaria ser� nomeado em breve.

Foro

Ao nomear Solange, Pez�o (PMDB) poderia ajudar o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB) a se livrar de ser julgado em mais uma a��o penal pelo juiz S�rgio Moro.

Cunha e Solange foram denunciados pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, em 20 de agosto de 2015 por suposto envolvimento no esquema de corrup��o na Petrobras, a acusa��o foi aceita pelo STF em 3 de mar�o de 2016, mas com a perda de mandato de Cunha em setembro do ano passado, e com a n�o reelei��o de Solange na prefeitura (que lhe dava foro privilegiado), em janeiro de 2017 o Tribunal Regional Federal da 2� Regi�o determinou que o caso fosse remetido para o juiz S�rgio Moro, em Curitiba.

O Tribunal, contudo, aguarda para julgar um recurso da defesa de Solange contra a decis�o de enviar o caso para Moro.

Atualmente, o Tribunal aguarda um parecer da Procuradoria Regional da Rep�blica sobre o recurso de Solange para, ent�o, poder julgar o caso.

Nesta den�ncia, o ex-presidente da C�mara � acusado de receber US$ 5 milh�es em propinas para que o estaleiro sul-coreano Samsung Heavy Industries fosse contratado pela Petrobras para fornecer dois navios-sondas para a perfura��o em �guas profundas na �frica e no Golfo do M�xico, entre 2007 e 2012.

Na �poca deputada, Solange � acusada de ter atuado a mando do ex-deputado para pressionar por meio de um requerimento na C�mara uma empresa que n�o estava pagando a propina solicitada pelo peemedebista.

Atualmente, Cunha � r�u em tr�s a��es penais, incluindo a que est� no TRF2. Uma delas tramita em Curitiba, perante o juiz Moro, por supostamente receber propinas referentes � compra, pela Petrobras, de um campo de petr�leo em Benin, na �frica. A outra a��o tramita na Justi�a Federal do DF, na qual o peemedebista � acusado de cobrar propinas para liberar recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) para grandes empreendimentos.

O peemedebista nega envolvimento em irregularidades em todos os casos.