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Estado de Minas

C�mara de BH vive baixarias em s�rie entre vereadores

Vereadores deixam de lado a vota��o de projetos e trocam ofensas em plen�rio. Acusa��es de homofobia e preconceito religioso t�m marcado os primeiros meses de trabalho na Casa


postado em 15/03/2017 06:00 / atualizado em 15/03/2017 07:33

Jair di Gregório (E) chamou de Pavão o colega Gilson Reis (D). Bate-boca só foi interrompido com a intervenção do presidente da Câmara(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Jair di Greg�rio (E) chamou de Pav�o o colega Gilson Reis (D). Bate-boca s� foi interrompido com a interven��o do presidente da C�mara (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O ritmo lento nas vota��es da C�mara Municipal de Belo Horizonte contrasta com o clima agitado nas rela��es entre os vereadores. Ontem, novo embate com trocas de ofensas e acusa��es marcou a sess�o da Casa.

Ap�s o vereador Gilson Reis (PCdoB) fazer um discurso analisando o cen�rio pol�tico nacional, Jair di Greg�rio (PP) subiu o tom da discuss�o e afirmou que Reis estava “desrespeitando os evang�licos” ao criticar a bancada de religiosos em Bras�lia.

Desde o in�cio do ano as brigas entre vereadores t�m sido constantes em plen�rio, muitas vezes com ofensas e acusa��es de homofobia e machismo e de desrespeito aos crentes. No m�s passado, Greg�rio chamou Reis de “mariquinha” durante discuss�o.

“O senhor � um pav�o. Tem que lavar a sua boca para falar de evang�licos. N�o venha tachar ningu�m de homof�bico. N�s temos o direito de n�o querer ser gay. E temos o direito de n�o querer que esse tipo de ideologia seja ensinada em nossas escolas”, afirmou Jair di Greg�rio.

Gilson Reis rebateu amea�ando que, caso o parlamentar partisse para “baixar o n�vel” ele saberia responder da mesma maneira. O vereador afirmou que n�o teve como objetivo ofender evang�licos.

“Tem vereador que precisa aprender a se comportar no parlamento. Se continuar assim a situa��o vai ficar complexa nessa Casa. Se vossa excel�ncia � evang�lico, cat�lico ou esp�rita pouco me importa. Vivemos em um pa�s que preza pela livre orienta��o religiosa”, respondeu Reis.

O clima quente foi interrompido pelo presidente da C�mara, vereador Henrique Braga (PSDB), que deu uma bronca nos parlamentares. “Essa discuss�o est� envergonhando nosso Parlamento.

O regimento prev� que praticar ofensas f�sicas ou morais ou desacatar por meio de palavras � completamente censurado pela mesa. N�o vou admitir que nenhum vereador continue atingindo o outro dessa forma”, disse Braga.

Outros vereadores colocaram pano quente na briga e lamentaram a recorr�ncia das agress�es pessoais na Casa. “Quando � que vamos perceber que isso aqui n�o � rinha de galo. N�o estamos aqui para ficar nos agredindo com chacotas e ridiculariza��es de crian�a mimada”, disparou Mateus Sim�es (Novo).

Ap�s quase duas horas de “pinga fogo”, em que as cr�ticas a nomea��es supostamente pol�ticas feitas pela prefeitura voltaram a se repetir, os parlamentares votaram dois vetos do Poder Executivo.

Articula��o indefinida


Um m�s ap�s Gilson Reis entregar o cargo de l�der de governo na C�mara para o prefeito Alexandre Kalil (PHS), a rela��o entre os poderes Executivo e Legislativo na capital mineira segue indefinida e conturbada.

O prefeito tem dificuldade em conseguir maioria no plen�rio e por isso n�o consegue limpar a pauta de vota��es, que tem v�rios vetos impedindo que outros projetos sejam apreciados.

“O prefeito segue sem um l�der na Casa at� hoje e parece n�o estar muito preocupado com isso. Vamos votando entre dois e tr�s vetos por dia. Parece que tanto vereadores quanto o prefeito ainda est�o se estudando”, analisou Pedro Patrus (PT).

O vereador Irlan Melo (PR), diz manter uma boa rela��o com Kalil, mas afirma que a situa��o na C�mara segue uma inc�gnita: “Tenho �tima rela��o com o prefeito, sempre atencioso com minhas demandas, mas n�o existe uma base da prefeitura na C�mara”, diz.

Os dois mais cotados para assumir a lideran�a de governo na C�mara, vereadores L�o Burgu�s (PSL) e Juliano Lopes (PTC) afirmam que n�o houve qualquer conversa com a prefeitura e que a situa��o permanece indefinida.

“N�o fui sequer sondado pela prefeitura. Fui com o prefeito na Regi�o do Barreiro em uma agenda oficial, mas n�o tivemos conversas sobre a rela��o com a C�mara. A prefeitura est� tendo alguns vetos derrubados e outros mantidos, ainda n�o tem uma base formada”, diz Lopes.

Ontem, apenas dois vetos foram votados pelos vereadores. O veto ao texto que previa a permiss�o de atividades de com�rcio m�vel de alimentos e bebidas – ou seja, venda de alimentos e bebidas em bicicletas – foi mantido. Mesmo com 18 vereadores votando pela derrubada e apenas 8 pela manuten��o do veto, era preciso metade dos 41 votos para rejeitar a posi��o de Kalil.

O segundo veto do prefeito, no entanto, n�o sobreviveu ao plen�rio. O projeto que obriga a PBH a divulgar a localiza��o dos radares de fiscaliza��o de velocidade nas ruas da capital ganhou apoio de 30 vereadores e apenas sete defenderam a posi��o do Executivo.

Cotado para a lideran�a de governo, Burgu�s tem sido o principal articulador na defesa dos vetos de Kalil na C�mara. Procurados pela reportagem, o prefeito e o secret�rio de governo, vice-prefeito Paulo Lamac (Rede), n�o comentaram a rela��o com o Legislativo.


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