Rio de Janeiro, 15 - Uma gerente da loja da joalheria Antonio Bernardo no shopping da G�vea, na zona sul do Rio, afirmou em depoimento nesta quarta-feira, 15, que o ex-governador do Rio S�rgio Cabral, sua mulher Adriana Ancelmo e Carlos Miranda ex-assessor parlamentar do peemedebista, costumavam comprar joias com cheques parcelados em at� dez vezes, que eram trocados por dinheiro antes de serem descontados. Os tr�s est�o presos no Complexo Penitenci�rio de Gericin� (Bangu), zona oeste do Rio.
As compras, sem nota fiscal, ocorriam com "desconto especial", afirmou Vera Lucia Guerra ao ju�zo da 7� Vara Federal Criminal do Rio. O depoimento ocorreu no �mbito da Opera��o Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio que prendeu no ano passado Cabral, Adriana e Miranda, entre outros investigados.
De acordo com a gerente, as aquisi��es ocorriam principalmente em datas comemorativas, como Dia das M�es, anivers�rio de casamento, Natal e Dia dos Namorados. Vera afirmou ainda que as pe�as eram compradas para uso pessoal, conforme os clientes relataram a ela.
O motorista de Cabral, Pedro Ramos de Miranda, era uma das pessoas que ia � joalheria para pegar o cheque e entregar dinheiro. Miranda tamb�m teria feito isso para o ex-governador, assim como para ele mesmo.
A Opera��o Calicute identificou intensos contatos de Miranda com joalherias por quebra dos sigilos telem�tico e dos registros telef�nicos do ex-assessor, apontado como operador de propinas de Cabral. Foi indicado que o homem de confian�a do ex-governador "manteve intenso contato com funcion�rias de famosas joalherias no Rio de Janeiro", que s�o a Antonio Bernardo, H.Stern e Sara Joias.
O ex-governador do Rio S�rgio Cabral e outros 12 investigados s�o acusados de se associarem para cometer corrup��o e lavagem de dinheiro usando obras do governo do Estado que receberam recursos federais a partir de 2007.