A BRF emitiu um comunicado na noite deste s�bado (18) a respeito do notici�rio sobre a Opera��o Carne Fraca, da Pol�cia Federal (PF). Ap�s apresentar suas explica��es, a empresa manifesta, na nota, o seu apoio � fiscaliza��o do setor e ao direito de informa��o da sociedade com base em fatos, sem generaliza��es que podem prejudicar a reputa��o de empresas id�neas e gerar alarme desnecess�rio na popula��o. Veja a �ntegra da nota distribu�da pela assessoria de imprensa do frigor�fico.
Em virtude do notici�rio acerca da chamada Opera��o Carne Fraca, da Pol�cia Federal, a BRF vem a p�blico esclarecer alguns fatos importantes:
1 - INTERDI��O DA F�BRICA DE MINEIROS (GO)
A f�brica da BRF de Mineiros � uma planta constru�da em 2006 que produz carne de frango e de peru e responde por menos de 5% da produ��o total da BRF. Seus produtos s�o destinados a exporta��es e mercado interno. A planta est� habilitada para exportar para os mais exigentes mercados do mundo, como Canad�, Uni�o Europeia, R�ssia e Jap�o. Isso significa que segue as diferentes normas estipuladas por esses pa�ses.
A f�brica possui tr�s certifica��es internacionais que est�o entre as mais importantes do mundo: BRC (Global Standard for Food Safety), IFS (International Food Standard) e ALO Free (Agricultural Labeling Ordinance). A �ltima auditoria pela qual a f�brica passou foi realizada pelo MAPA e aconteceu entre os dias 25 e 28 de fevereiro de 2017, tendo sido considerada apta a manter suas opera��es em todos os crit�rios.
Apesar de o juiz da opera��o ter considerado desnecess�rio o fechamento da unidade, ela foi interditada, de forma preventiva e tempor�ria, pelo Minist�rio da Agricultura. A medida deve durar at� que a BRF possa prestar as informa��es que atestem a seguran�a e a qualidade dos produtos produzidos, o que deve acontecer em breve, uma vez que a companhia tem confian�a em seus processos e padr�es, que est�o entre os mais rigorosos do mundo.
2 - PRESEN�A DE SALMONELLA NOS PRODUTOS
Sobre esse tema � preciso esclarecer alguns fatos muito importantes para o melhor entendimento da quest�o. Existem cerca de 2.600 tipos de Salmonella, bact�ria comum em produtos aliment�cios de origem animal ou vegetal. Todos os tipos s�o facilmente eliminados com o cozimento adequado dos alimentos.
Em rela��o ao caso da It�lia divulgado na m�dia, � importante esclarecer que a BRF n�o incorreu em nenhuma irregularidade.
O contexto verdadeiro � o seguinte: em 2011, a Uni�o Europeia definiu um novo regulamento (CE 1086/2011) para controle de Salmonella em carne de aves produzidas localmente ou importadas. Segundo este regulamento, produtos in natura n�o podem conter dois tipos de Salmonella: SE e ST (Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium).
O tipo de Salmonella encontrado em alguns lotes desses quatro cont�ineres � o Salmonella Saint Paul, que � tolerado pela legisla��o europeia para carnes in natura e, portanto, n�o justificaria a proibi��o de entrada na It�lia.
Diante desse fato, a BRF discutiu duas iniciativas:
1. O encaminhamento da mercadoria a outro porto, o de Roterd�, na Holanda. Este porto holand�s segue � risca o regulamento europeu. O produto obviamente passaria por todos os testes exigidos, com os mesmos padr�es t�cnicos.
2. A antecipa��o da discuss�o do problema junto ao MAPA, em Bras�lia. O acordo entre Brasil e Uni�o Europeia para importa��o de produtos aliment�cios determina que n�o-conformidades gerem um "rapid alert" (alerta r�pido) para todos os pa�ses da comunidade, para o produtor e para as autoridades sanit�rias do pa�s de origem. Portanto, a inten��o da BRF foi, antes mesmo da emiss�o do "rapid alert", antecipar a comunica��o ao MAPA e iniciar sua defesa com argumentos t�cnicos e cient�ficos.
Diante do exposto, a BRF reitera que todas as medidas tomadas pela empresa e seus t�cnicos est�o plenamente de acordo com os mais elevados n�veis de governan�a e compliance e de forma nenhuma ferem qualquer preceito �tico ou legal do Brasil e dos pa�ses para os quais a BRF exporta seus produtos.
3 - USO DE PAPEL�O
N�o h� papel�o algum nos produtos da BRF. Houve um grande mal entendido na interpreta��o do �udio capturado pela Pol�cia Federal. O funcion�rio estava se referindo �s embalagens do produto e n�o ao seu conte�do. Quando ele diz "dentro do CMS", est� se referindo � �rea onde o CMS � armazenado. Isso fica ainda mais claro quando ele diz que vai ver se consegue "colocar EM papel�o", ou seja, embalar o produto EM papel�o, pois esse produto � normalmente embalado em pl�stico. Na frase seguinte, ele deixa claro que, caso n�o obtenha a aprova��o para a mudan�a de embalagem, ter� de condenar o produto, ou seja, descart�-lo.
4 - ACUSA��ES DE CORRUP��O
A BRF n�o compactua com pr�ticas il�citas e refuta categoricamente qualquer insinua��o em contr�rio. Ao ser informada da opera��o da PF, a companhia tomou imediatamente as medidas necess�rias para a apura��o dos fatos. Essa apura��o ser� realizada de maneira independente e caso seja verificado qualquer ato incompat�vel com a legisla��o vigente, a BRF tomar� as medidas cab�veis e com o rigor necess�rio. A BRF n�o tolera qualquer desvio de seu manual da transpar�ncia e da legisla��o brasileira e dos pa�ses em que atua.
5 - PRIS�O DE RONEY NOGUEIRA DOS SANTOS
O sr. Roney apresentou-se voluntariamente �s autoridades brasileiras na manh� deste s�bado, vindo da �frica do Sul, onde estava a trabalho, para prestar todos os esclarecimentos necess�rios �s autoridades. A BRF est� acompanhando as investiga��es e dar� todo o suporte �s autoridades.
6 - NOT�CIAS SOBRE "CARNE PODRE"
A BRF nunca comercializou carne podre e nem nunca foi acusada disso. As men��es a produtos fora de especifica��o, no �mbito da opera��o Carne Fraca, dizem respeito a outras empresas, como pode ser comprovado no material divulgado pela Pol�cia Federal. A BRF lamenta que parte da imprensa tenha inserido o seu nome de maneira equivocada em reportagens que tratam desse assunto, confundindo os consumidores e a sociedade.
CONCLUS�O
Em virtude do exposto acima, a BRF vem a p�blico manifestar seu apoio � fiscaliza��o do setor e ao direito de informa��o da sociedade com base em fatos, sem generaliza��es que podem prejudicar a reputa��o de empresas id�neas e gerar alarme desnecess�rio na popula��o.
S�o Paulo, 18 de mar�o de 2017 �s 17h50"