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Estado de Minas SOB O PESO DA LAVA-JATO

Parlamentares temem desgaste por estarem inclu�dos na lista de Rodrigo Janot

Preocupa��o se d� simplesmente por ter o nome entre os mais de 100 pol�ticos que estariam na lista de Janot. Cita��o pode condenar antes do julgamento


postado em 19/03/2017 00:12 / atualizado em 19/03/2017 08:50

Procurador-geral da República pediu ao STF a abertura de 83 inquéritos contra políticos de vários partidos(foto: Marcelo Camargo/ABR - 11/11/16)
Procurador-geral da Rep�blica pediu ao STF a abertura de 83 inqu�ritos contra pol�ticos de v�rios partidos (foto: Marcelo Camargo/ABR - 11/11/16)

Al�m da possibilidade de serem investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), outra preocupa��o tem tirado o sossego de parlamentares: o preju�zo pol�tico de ter o nome na temida lista do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. Por causa da morosidade do STF em investigar e julgar den�ncias — segundo levantamento da Funda��o Getulio Vargas (FGV), o tr�mite na corte leva em m�dia 1,2 mil dias —, a mera cita��o representa uma condena��o. Nos corredores, deputados e senadores brincam apreensivos, que, hoje em dia, � mais feio ser citado do que ser condenado.

Mais de 100 pol�ticos estariam nos 83 pedidos de abertura de inqu�rito enviados pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ao ministro-relator da Lava-Jato no STF, Edson Fachin. Da primeira lista, enviada ao Supremo em mar�o de 2015, com pedido de abertura de 28 inqu�ritos, envolvendo o nome de 49 pol�ticos, s� cinco viraram r�us. Nenhum foi condenado at� agora. A previs�o � de que os processos da nova rela��o estejam prontos para ser julgados entre 2023 e 2024.

Na opini�o do diretor do Instituto de Ci�ncia Pol�tica da Universidade de Bras�lia (Ipol-UnB), Paulo Calmon, o fato de estar relacionado em uma lista dessas tem uma carga emocional que afeta a credibilidade e deixa marcas na reputa��o de lideran�as pol�ticas. “� um selo que cria incertezas e isso deixa a reputa��o do partido abalada. Aumenta a dificuldade e capacidade de agrega��o, a milit�ncia questiona, afeta a mobiliza��o de correligion�rios junto �s bases eleitorais, aos financiadores de campanha. � a deprecia��o do capital pol�tico desse l�der”, comenta.

O consultor de comunica��o e marketing digital Marcelo Vitorino acrescenta os preju�zos a longo prazo por causa da velocidade da prolifera��o de not�cias na internet. “Antes, as den�ncias ca�am no esquecimento. O boca a boca durava pouco. Hoje em dia, o dano � imagem vira eterno, � atemporal. Por mais que ele seja inocentado, uma simples busca no Google revive todo esse hist�rico.” O especialista atribui tr�s fatores que contribuem para aumentar o desgaste: a velocidade de consumo de conte�do da popula��o; a internet, que mant�m a informa��o — nem sempre completa — dispon�vel; e os advers�rios pol�ticos, que usar�o a d�vida sobre a honestidade do concorrente para atingi-lo.

Demora

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) destaca que um dos principais problemas � a demora na qual o processo � caminha. “� um preju�zo enorme porque leva anos para se esclarecer aquela den�ncia. � l�gico, quem n�o tiver culpa no cart�rio pode tentar amenizar a situa��o esclarecendo os fatos, pedindo celeridade nas investiga��es, autorizando a quebra dos sigilos banc�rio e telef�nico. Por isso, a import�ncia de acabar com o foro privilegiado. Assim, tudo seria mais r�pido”, sugere.


Dono da Gol cita propina a Cunha

Bras�lia - O empres�rio Henrique Constantino, acionista da Gol Linhas A�reas, confirmou a procuradores da Lava-Jato ter feito pagamentos para o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao corretor L�cio Funaro, ambos presos, em troca de apoio na libera��o de valores do fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS). Ainda segundo Constantino, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) teria participado da reuni�o em que os pagamentos foram definidos.

As informa��es foram dadas pelo empres�rio no �mbito da negocia��o de um acordo de colabora��o com os investigadores de Curitiba e Bras�lia. Constantino procurou as autoridades ap�s aparecer nas opera��es S�psis e Cui Bono? e ser citado no pedido de pris�o de Eduardo Cunha. Como a Gol Linhas A�reas assinou um acordo de leni�ncia e assumiu os crimes praticados pela empresa, agora o empres�rio pretende se livrar na pessoa f�sica de problemas na Justi�a. Na leni�ncia, a Gol se comprometeu a pagar R$ 5,5 milh�es para repara��o p�blica, R$ 5,5 milh�es como multa e mais R$ 1 milh�o pela condena��o.

Constantino afirmou que os pagamentos efetuados �s empresas do corretor L�cio Bolonha Funaro e diretamente �s firmas da fam�lia de Cunha tinham como objetivo facilitar a libera��o de valores do FGTS. A vers�o coincide com a do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fabio Cleto. Em dela��o, Cleto assumiu ter recebido propina para liberar um aporte de R$ 300 milh�es do FI-FGTS para a ViaRondon, empresa da fam�lia Constantino. Por meio de sua assessoria de imprensa, o empres�rio Henrique Constantino disse apenas que est� � disposi��o das autoridades


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