Meirelles deu aval para mudan�a em reforma da Previd�ncia

S�o Paulo, 21 (AE), 21 - Interlocutores do presidente Michel Temer asseguraram que a decis�o de retirar os servidores estaduais e municipais da reforma da Previd�ncia, anunciada na noite desta ter�a-feira (21), s� foi tomada depois que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu seu aval, no final da tarde. "O presidente chamou Meirelles para saber se ele concordava com as mudan�as e s� fechou (quest�o) com a concord�ncia do ministro da Fazenda", disse um assessor presidencial.

Segundo a mesma fonte, ao tomar a decis�o, Temer tirou dos ombros dos deputados federais a press�o de servidores municipais e estaduais que estavam sofrendo em suas bases. Com isso, o problema voltou a ser da al�ada de governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores.

Ap�s a conversa com Meirelles, Temer ligou para o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para comunicar a decis�o. O presidente convidou ent�o Maia e os l�deres dos partidos da base aliada para estarem ao seu lado durante o an�ncio oficial, feito no Pal�cio do Planalto. A presen�a de Meirelles ao lado de Temer foi considerada "fundamental" pelo governo para dar um recado ao mercado de que tudo foi acertado de comum acordo com a equipe econ�mica.

A decis�o come�ou a ser desenhada na segunda-feira, quando ministros que representam partidos reclamaram da press�o que os parlamentares estavam sofrendo em suas cidades, inclusive com protestos em frente �s suas casas, organizados por servidores com poder de mobiliza��o.

O coro foi ampliado em reuni�o nesta ter�a-feira, quando Temer teve nova rodada de conversas, desta vez com os l�deres dos partidos na C�mara e no Senado. A queixa em rela��o � press�o que estavam sofrendo foi muito grande, reiterou um assessor, lembrando que os Estados estavam transferindo o problema para o governo federal.

"Os deputados estavam se sentindo muito pressionados e n�o estavam aguentando o peso sozinhos. Queriam que isso fosse dividido e, na verdade, devolvido � origem, j� que os governos repassaram esse pepino para o governo federal", comentou o auxiliar do presidente.

O auxiliar citou ainda que da mesma forma que a Uni�o vai fazer a sua reforma, os Estados e grandes munic�pios podem fazer o mesmo.