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Estado de Minas

'Abalada e estarrecida', ex-amante de Youssef nega ser laranja


postado em 22/03/2017 08:31

S�o Paulo, 22 - A defesa de Taiana de Sousa Camargo, ex-amante do doleiro Alberto Youssef, afirmou em manifesta��o ao juiz federal S�rgio Moro que ela est� "abalada e estarrecida" com seu indiciamento na Opera��o Lava Jato. A Pol�cia Federal atribui � Taiana o crime de lavagem de dinheiro ou oculta��o de bens, direitos e valores.

Grande operador de propinas no esquema instalado na Petrobras entre 2004 e 2014, o doleiro � um dos primeiros delatores da Lava Jato. Youssef revelou pagamentos de vantagens il�citas por empreiteiras a pol�ticos, entre deputados, governadores e senadores.

A PF afirma o doleiro transferiu diversos bens e patrim�nio para Taiana a t�tulo de "presentes". Al�m de quitar despesas cotidianas de Taiana como condom�nio e escola de seu filho, Youssef teria dado a ela em 2011 um ve�culo da marca BMW.

Segundo o advogado Anderson Cosme dos Santos, que defende Taiana, o doleiro se apresentou a ela "como um empres�rio de sucesso e dono da empresa Marsans Brasil, que atuava no ramo de hotelaria e turismo".

"O apartamento sempre foi da requerente e n�o de Youssef, todavia, depois que ele fez dela��o premiada, ela se convenceu de que aquele dinheiro poderia ser de proveni�ncia il�cita e, n�o de dinheiro l�cito que ela pensava que ele possu�a por ele demonstrar e ostentar ser dono da empresa Marsans Brasil", observou o criminalista.

Na manifesta��o, Anderson Cosme dos Santos relata que Taiana, "reconhecendo essa possibilidade de origem il�cita nos recursos empregados pela compra do apartamento", entregou o im�vel � Receita Federal, "mesmo com o cora��o em frangalhos", ap�s a dela��o premiada do doleiro.

Ao juiz Moro, a ex-amante de Youssef confirmou que o doleiro "a sustentava, sustentava o filho dela, pagava todas as contas, dava presentes e cuidava de todas as quest�es burocr�ticas da vida da requerente e de seu filho".

"A requerente at� hoje tem entendimento �ntimo de que Youssef fazia tudo aquilo por ela e por seu filho, e n�o para esconder dinheiro, ressalvando-se os respeit�veis entendimentos em sentido contr�rio", alega a defesa.

Ainda de acordo com o relat�rio de indiciamento da PF, Alberto Youssef declarou que a ex-amante recebeu a sociedade do restaurante Aracari "porque ele tinha restri��es perante a Receita Federal, constituindo-se, portanto, Taiana, como pessoa interposta (laranja) na sociedade".

O defensor de Taiana nega e afirma que a ex-amante de Youssef "foi propriet�ria e administrou mesmo o restaurante". "N�o era nenhuma 'laranja'", declarou a defesa.

Paradeiro

Ao promover o indiciamento indireto de Taiana, a PF destacou as "in�meras tentativas" de ouvir a ex-amante de Youssef. O advogado de Taiana informou a Moro que ela "sempre mostrou-se � disposi��o da Justi�a, com a inten��o de elucidar todos os pontos controvertidos que porventura existissem".

"Ap�s a viagem realizada, certificada pela autoridade policial, regressou ao Pa�s, e, por ter entregue o apartamento que lhe foi dado de presente por Alberto Youssef, seu ex-amante, em meados do ano passado, em busca de fixar resid�ncia, foi morar com sua irm� em Indaiatuba (SP)", declarou o defensor.

"Quando estava com Alberto Youssef, todas as suas despesas e despesas com seu filho eram pagas por Youssef. Sem conseguir um emprego, viu-se, ent�o, obrigada a voltar a trabalhar como acompanhante de luxo e foi com esse intuito que viajou ao exterior com um de seus clientes."

A ex-amante de Youssef disse estar "arrasada emocionalmente", em "dif�cil situa��o financeira" e pensando em retornar a sua terra natal, Fortaleza, "para o socorro de sua fam�lia, caso n�o consiga se recolocar no mercado em curto prazo, aqui em S�o Paulo".

"A requerente � formada em marketing, precisa se sustentar e ainda sustentar o seu filho, que tamb�m sofre com toda essa situa��o", disse a defesa.

O filho foi quem avisou Taiana sobre o indiciamento, segundo a defesa. O advogado declarou que a "exposi��o negativa" provocou problemas a ela.

"A requerente voltou a beber e a tomar rem�dios de forma descontrolada", anotou a defesa. "Depois de um tempo, j� melhor, e devidamente acompanhada de seu irm�o, a requerente conseguiu explicar tudo ao subscritor do presente, nessa sexta-feira, dia 17 de mar�o de 2017. No s�bado, retornou para Indaiatuba, e diante do seu quadro emergencial, a fam�lia decidiu intern�-la."


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