Estados e munic�pios ter�o de fazer reforma da Previd�ncia, diz Mansueto

Bras�lia, 22 (AE), 22 - O secret�rio de Acompanhamento Econ�mico do Minist�rio da Fazenda, Mansueto de Almeida, n�o demonstrou preocupa��o com a retirada de servidores estaduais e municipais da proposta de reforma da Previd�ncia. "Mesmo fora, eles ter�o de fazer reforma da Previd�ncia", disse o secret�rio, que nega que o problema cair� no colo federal no futuro.

Em entrevista ap�s palestra na Universidade de Bras�lia, na noite desta quarta-feira (22), Mansueto disse que a quest�o previdenci�ria � uma "bomba tanto para o governo federal quanto para Estados". "Se voc� olhar os gastos dos Estados, basicamente de 60% a 70% � com pessoal ativo ou inativo", disse. "Eles ter�o de fazer uma reforma de qualquer jeito", afirmou, ao comentar que, se as mudan�as n�o forem feitas, esses governos ficar�o desenquadrados nas metas fiscais.

"Como a lei n�o permite qualquer forma de ajuda (federal), os pr�prios governadores reconhecem a necessidade de ajuste fiscal. Eles podem se reunir e chegar a uma proposta de reforma muito parecida entre todos", afirmou o secret�rio, ao frisar que � incorreta a percep��o de que Estados e munic�pios n�o far�o a reforma e pedir�o socorro novamente � Uni�o no futuro. "N�o tem como porque a lei n�o permite (emprestar)", disse Mansueto.

O secret�rio notou que a necessidade de reforma previdenci�ria nos governos regionais parece ainda mais urgente quando se observa as ferramentas financeiras � disposi��o. "Se o governo federal n�o fizer o ajuste, o desequil�brio aumenta, mas o governo conseguiria se financiar porque emite d�vida. Estados e munic�pios n�o podem", disse.

Mansueto lembrou ainda que, quando h� espa�o para empr�stimo, praticamente todo o cr�dito tomado por governadores e prefeitos precisa de garantia federal. "Mas se o Tesouro olhar os n�meros e n�o encontrar equil�brio, n�o d� garantia." Ou seja, n�o seria poss�vel contornar o rombo da Previd�ncia com empr�stimos.

Sobre a press�o exercida por servidores federais que s�o contr�rios � reforma, Mansueto disse que n�o � poss�vel abrir m�o dessa categoria na mudan�a. "V�rios grupos de servidores federais est�o criticando, mas n�o tem como abrir m�o. Inclusive, o pr�prio secret�rio de Previd�ncia Complementar � afetado e perder� o sal�rio integral e a paridade, mas n�o tem como abrir m�o".