Bras�lia, 26 - O presidente Michel Temer liberou mais recursos para emendas parlamentares, em sete meses � frente do Pal�cio do Planalto, no ano passado, do que a presidente cassada Dilma Rousseff durante todo o ano de 2015. De 13 de maio a 31 de dezembro de 2016, o peemedebista destinou R$ 5,8 bilh�es em verbas para deputados e senadores - montante mais de R$ 2 bilh�es superior ao empenhado pela petista no ano anterior: R$ 3,4 bilh�es.
Consideradas uma das principais �moedas de troca� na rela��o entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional, as emendas costumam ser usadas para pressionar os parlamentares a votar de acordo com os interesses do governo.
Para tentar impedir o avan�o do processo de impeachment aberto no Congresso, Dilma empenhou, por exemplo, mais de R$ 1,4 bilh�o em emendas nos primeiros meses de 2016, a maior parte desse valor em maio, �s v�speras da vota��o no Senado que aprovou o seu afastamento tempor�rio do cargo. Assim que assumiu o governo, em 12 de maio do ano passado, Temer tamb�m foi generoso com seus aliados e liberou cerca de R$ 2,4 bilh�es em emendas somente naquele m�s.
O sucesso de Temer em aprovar medidas no Congresso pode ser creditado, em parte, a esse volume de recursos liberado. Presidente da C�mara por tr�s vezes, o peemedebista sabe da import�ncia de n�o descuidar dos interesses da base.
Neste ano, com dificuldades em convencer os deputados aliados a votar a favor da reforma da Previd�ncia, Temer decidiu antecipar o calend�rio e come�ou a liberar recursos de emendas na semana passada.
A expectativa � de que cerca de R$ 800 milh�es sejam destinados a obras e projetos dos parlamentares neste primeiro momento. At� o dia 20 de mar�o, R$ 480 milh�es j� haviam sido liberados dos chamados restos a pagar, recursos que haviam sido empenhados em anos anteriores, mas ainda n�o haviam sido efetivamente repassados a deputados e senadores.
Imposi��o. Nos anos em que Dilma esteve na Presid�ncia, entre 2011 e 2016, a n�o libera��o de emendas era uma reclama��o constante na base aliada.
Em resposta � falta de recursos, o Congresso aprovou, em 2015, a chamada PEC do Or�amento Impositivo, para impedir o governo de congelar desembolsos. Pela nova regra, o Pal�cio do Planalto fica obrigado a pagar as emendas individuais de deputados e senadores. O valor, por�m, pode ser congelado caso haja um contingenciamento no Or�amento.
Ex-ministro de Dilma, o petista Ricardo Berzoini afirma que a dificuldade de liberar dinheiro para os parlamentares em 2015 aconteceu por causa do ajuste fiscal imposto pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy. Ap�s a chegada de Nelson Barbosa � pasta, conta, o governo tentou acelerar os pagamentos para atender � base. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.