Su��a congela contas de ex-gerente da Petrobras

Genebra, 29 - A Su��a anunciou que bloqueou contas e recursos em nome do ex-gerente da Petrobras Roberto Gon�alves, preso nesta ter�a-feira, 28, no Brasil na 39.� fase da Opera��o Lava Jato. O Minist�rio P�blico da Su��a n�o divulgou os valores. Mas confirmou que, em dezembro de 2016, transferiu ao Brasil o processo que havia aberto contra o suspeito.

"Dentro do processo criminal do Escrit�rio do Procurador-Geral, ativos foram congelados na Su��a", indicou nesta quarta-feira, 29, comunicado do MP. Os su��os insistem que a presun��o da inoc�ncia ainda se aplica nesse caso.

De acordo com os dados enviados ao Brasil, pelo menos cinco contas banc�rias foram identificadas. Uma delas estava em nome da empresa offshore Fairbridge Finance SA. Mas Roberto Gon�alves aparecia como seu benefici�rio final. As transfer�ncias tamb�m indicam que, apenas em 2011, essa conta recebeu US$ 3 milh�es de um esquema montado pela Odebrecht.

A Procuradoria da Rep�blica apontou ainda para outra conta, registrada no nome da offshore Silverhill Group Investment Inc.. Esta conta, que tamb�m tem Gon�alves como benefici�rio final, teria recebido, em 2014, mais de US$ 1 milh�o provenientes da conta em nome da offshore Drenos Corporation, vinculada ao ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque.

No total, os su��os j� congelaram cerca de US$ 800 milh�es de suspeitos de envolvimento na Lava Jato, em mais de mil contas identificadas por 42 bancos. Para que os ativos de Gon�alves voltem ao Brasil, a Su��a exige que ele seja condenado em �ltima inst�ncia no Pa�s, ou que feche um acordo de dela��o premiada no qual aceita devolver o dinheiro.

Por enquanto, os su��os j� entregaram ao Brasil cerca de US$ 190 milh�es. Dezenas de processo ainda correm na Justi�a su��a de suspeitos que tentam, nos tribunais, derrubar o congelamento das contas ou evitar que seus dados sejam transferidos ao Brasil.

Nos �ltimos meses, diante da prolifera��o de processos criminais envolvendo brasileiros, o MP su��o vem optando por transferir os casos ao Brasil, com a condi��o de que eles sejam mantidos e que os suspeitos sejam interpelados. Outro caso que tamb�m foi enviado ao Brasil era o de Eduardo Cunha, hoje preso.