S�o Paulo, 29 - O Tribunal Regional Federal da 2� Regi�o rejeitou nesta quarta-feira, 29, o pedido da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, para que a a��o no �mbito da Opera��o Calicute, em que responde por lavagem de dinheiro e associa��o criminosa, deixe de ser de compet�ncia do juiz Marcelo Bretas, da 7� Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Pedidos de libera��o provis�ria de dois outros r�us tamb�m foram negados pela corte em decis�o un�nime dos desembargadores. As informa��es s�o do Minist�rio P�blico Federal.
Adriana Ancelmo havia pedido ao Tribunal Regional Federal da 2� Regi�o para o processo derivado da Opera��o Calicute, onde � r� por lavagem de dinheiro e associa��o criminosa, deixar a compet�ncia da 7� Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro. No entanto, seguindo parecer da Procuradoria da Rep�blica no Rio, a corte negou a solicita��o.
A Procuradoria da 2� Regi�o havia manifestado que "a conex�o entre as a��es penais das opera��es Saqueador e Calicute � evidente, concentrando-se os fatos apurados em ambas na organiza��o chefiada por S�rgio Cabral, no contexto do esquema de opera��o das grandes empreiteiras no Rio de Janeiro, descortinado pelos elementos trazidos por executivos da Andrade Gutierrez no acordo de leni�ncia".
Com a decis�o do Tribunal Regional Federal da 2� Regi�o, o julgamento de Adriana Ancelmo continua nas m�os do juiz federal Marcelo Bretas, respons�vel pela Lava Jato no Rio. O magistrado ficou conhecido por determinar as pris�es de S�rgio Cabral e Eike Batista, no �mbito da opera��o Calicute.
Na mesma decis�o, os r�us das opera��es Calicute e Efici�ncia Wagner Jord�o e S�rgio Castro de Oliveira - apontados como operadores dos esquemas de S�rgio Cabral -, tiveram rejeitados pelos desembargadores os pedidos de liberta��o provis�ria ou pris�o domiciliar. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, "o Tribunal seguiu a vis�o da Procuradoria da Rep�blica de que essas pris�es preventivas continuam legais e necess�rias, seja pela importante participa��o deles na organiza��o criminosa, seja porque a liberta��o poderia comprometer a aplica��o da lei penal. O julgamento do habeas corpus em nome de Luiz Paulo Reis, outro r�u da Calicute, foi adiado pelo Tribunal para a pr�xima sess�o da 1a Turma".
"Estamos diante de uma gravidade incomum de crime: a organiza��o criminosa da qual eles s�o acusados de integrar teve longu�ssima dura��o, envolvimento do pol�tico de cargo mais elevado do Rio de Janeiro e de importantes empreiteiras do Pa�s, bem como desvio de recursos p�blicos na ordem de milh�es, por uma complexa e sofisticada rede de lavagem de dinheiro, que perdurou at� muito tempo depois do ent�o l�der da organiza��o criminosa, o governador S�rgio Cabral, ter sa�do do mandato, sendo certo que muitos de seus mais pr�ximos aliados ainda est�o no poder e boa parte dos recursos n�o foram localizados e recuperados", ressaltaram as procuradoras regionais Silvana Batini e M�nica de R� em sustenta��o oral.
Defesa
O advogado Alexandre Lopes, que defende Adriana Ancelmo, afirma que vai "levar a quest�o processual � an�lise das inst�ncias superiores".
A reportagem tentou contato com o escrit�rio de advocacia de Ricardo Freitas Pereira, que defende Wagner Jord�o, mas n�o o localizou.
A reportagem tamb�m contatou com o escrit�rio de advocacia de Andr� Gomes Pereira, que defende S�rgio Castro de oliveira, mas n�o obteve resposta.