Bras�lia, 31 - A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, defendeu nesta sexta-feira, 31, que as mulheres "pretas, pobres e da periferia" tamb�m tenham o mesmo tratamento dado pela Justi�a � ex-primeira-dama do Estado do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo.
Adriana deixou na quarta-feira, 29, o Complexo Penitenci�rio de Gericin� (Bangu), na zona oeste do Rio. A sa�da dela do complexo ocorreu ap�s o juiz da 7.� Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, expedir alvar� determinando que Adriana seja levada para seu apartamento. A autoriza��o de ela cumprir pris�o domiciliar teve como base norma do C�digo de Processo Penal que permite a mudan�a de regime de mulheres que tenham filho de menos de 12 anos e estejam cumprindo pris�o preventiva. Adriana tem dois filhos, de 11 e 14 anos.
"Quero que n�s tamb�m criemos meios para levar essa possibilidade para as mulheres pretas, pobres e da periferia. A lei � igual para todos", afirmou a ministra em coletiva realizada em Bras�lia.
Valois defendeu ainda que o debate sobre o epis�dio se amplie dentro da sociedade. "A minha aten��o � chamar a popula��o como um todo, todos os segmentos para que n�s reflitamos sobre essa tem�tica, fa�amos uma discuss�o ampla e depois cumpramos a lei como deve ser feito... n�o quero s� pedir, quero levar ao conhecimento de que a norma legal existe, no C�digo de Processo Penal, e que est� na hora de tamb�m se levar essa lei para todas as mulheres que se encontram em situa��es an�logas a esta que estamos vivenciando", ressaltou.
Apesar de defender a amplia��o do benef�cio � todas as detentas que est�o em situa��es an�logas de Adriana Ancelmo, a ministra disse que n�o tem dados que apontem o n�mero de poss�veis beneficiadas.
"N�o tem dados porque n�o esperava que a situa��o fosse demandar tanta chamada dentro do Pa�s e fora. Agora eu posso mandar fazer uma pesquisa", disse.
No in�cio da semana, conforme antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a ministra encaminhou of�cio � presidente do Supremo Tribunal Federal, C�rmen L�cia, em que cobra medidas urgentes.