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Estado de Minas

Mulheres encabe�am protestos

Presen�a feminina foi maior entre os manifestantes que sa�ram �s ruas em v�rias capitais para criticar a reforma da Previd�ncia e outras mudan�as anunciadas pelo governo


postado em 01/04/2017 00:12

Marcelo da Fonseca


A decis�o do presidente Michel Temer (PMDB) de retirar os servidores estaduais e municipais da reforma da Previd�ncia n�o alterou a indigna��o de milhares de servidores mineiros. Ontem, em meio a mais de 50 mil manifestantes,  segundo organizadores (a PM n�o divulgou o n�mero de manifestantes), que foram �s ruas de Belo Horizonte protestar contra as mudan�as nas regras da aposentadoria e a terceiriza��o, as professoras estaduais marcaram presen�a em grande n�mero.. A participa��o feminina na capital reflete o que mostrou pesquisa do Ibope divulgada ontem, em que a rejei��o de Temer entre as mulheres � maior do que entre os homens. Os protestos ocorreram em v�rias cidades do pa�s, organizados por centrais sindicais e movimentos sociais. O Pal�cio do Planalto n�o se manifestou sobre os protestos.

 Em BH, os manifestantes deixaram a Pra�a da Assembleia por volta de 17h30 e fizeram passeata at� a Pra�a da Esta��o. A principal bandeira foi contra a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) 297/2016 da Reforma da Previd�ncia, mas as pessoas tamb�m levaram cartazes criticando a lei da terceiriza��o e pedindo elei��es diretas para presidente. O protesto foi organizado pela Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e pelo sindicato dos professores (SindUte), que levaram dois caminh�es para que os representantes fizessem discursos ao longo do evento.

 “Se as pessoas n�o se indignarem e tomarem as ruas, teremos um retrocesso enorme”, afirmou a professora de geografia Sandra Costa, de 46 anos. As mulheres eram maioria entre os manifestantes e houve v�rias palavras de ordem exaltando a mobiliza��o feminina contra o Temer: “Nem recatada, nem do lar! A mulherada est� na rua para lutar!”, cantaram em alus�o � primeira-dama, Marcela Temer. Segundo o Ibope, 22% dos homens entrevistados consideram o governo Temer melhor do que a gest�o Dilma Rousseff, percentual que cai para 15% entre as mulheres.

 Ao fim do ato, eles convocaram novo protesto para 28 de abril. A PEC � criticada porque faz mudan�as radicais na Previd�ncia Social. Pelas novas regras, o trabalhador precisa atingir a idade m�nima de 65 anos e pelo menos 25 anos de contribui��o para poder se aposentar. Neste caso, receber� 76% do valor da aposentadoria – que corresponder� a 51% da m�dia dos sal�rios de contribui��o, acrescidos de um ponto percentual desta m�dia para cada ano de contribui��o.

 Para a estudante de farm�cia Bianca Santos, 21 anos, a proposta de criar um teto de 65 anos vai atingir principalmente os trabalhadores mais pobres e que come�am a trabalhar mais cedo. “� uma proposta incab�vel. Em um estado que alguns setores tem tantos benef�cios, � absurdo ouvir o discurso de que a previd�ncia est� quebrada. Que se reduzam sal�rios de pol�ticos. Que se reduzam verbas de gabinete e aux�lios moradias para deputados e ju�zes”, avaliou a estudante, que foi acompanhada de outras quatro amigas de faculdade ao protesto.

Houve protesto tamb�m nas rodovias. De acordo com a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), professores fecharam a BR-116, pr�ximo a Inhapim, na Regi�o do Rio Doce. Aproximadamente 80 professores da rede estadual e municipal participaram do ato. As manifesta��es ocorreram em outras estradas mineiras por causa da reforma da Previd�ncia. Pela manh�, outros cinco pontos da BR-116 foram fechados. Um deles foi em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, na altura do Km 116, em um protesto que tomou toda a rodovia e bloqueou completamente o tr�fego  em dire��o ao Rio de Janeiro e � Bahia.

 

 

Piora avalia��o do presidente
A pesquisa CNI/Ibope realizada entre 16 e 19 de mar�o apontou a falta de confian�a (79%) e a desaprova��o (73%) do governo do presidente Michel Temer. Al�m disso, h� uma queda para 10% na avalia��o dos que consideram o governo �timo ou bom (era 13% em dezembro 2016). O percentual � o mesmo registrado para Dilma Rousseff h� um ano, quando as den�ncias sobre da Opera��o Lava-Jato j� derrubavam cabe�as no governo da petista. Para o gerente de pesquisa da CNI, Renato Fonseca, o aumento de 47% para 54% na percep��o de que o notici�rio ficou mais desfavor�vel ao governo desde o fim do ano passado, e 26% dos entrevistados apontarem a reforma da Previd�ncia Social como o tema mais lembrado, d� como certo que o assunto � um dos que influenciou a avalia��o negativa do governo. A Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica informou que o Pal�cio do Planalto n�o iria comentar a pesquisa.


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