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Estado de Minas

Propina, caixa 2 e n�o contabilizado s�o a mesma coisa, diz delator

Funcion�rio da Odebrecht fez a declara��o em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)


postado em 07/04/2017 12:37 / atualizado em 07/04/2017 13:02

S�o Paulo - Chefe do Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht - o chamado "departamento da propina" por investigadores da Opera��o Lava-Jato -, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho afirmou em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que todo pagamento efetuado por sua �rea eram recursos il�citos - uma fortuna de US$ 3 bilh�es movimentada entre 2006 e 2014, que corrompeu agentes p�blicos e financiou partidos e campanhas, no Brasil e no exterior.

"Para mim � a mesma coisa, viu, doutor? Propina, caixa 2 e n�o contabilizado � a mesma coisa", afirmou Hilberto Mascarenhas, ouvido pelo ministro do TSE Herman Benjamin, como testemunha na a��o contra a chapa presidencial Dilma Rousseff (PT), presidente, Michel Temer (PMDB), vice, de 2014.

Sem meias palavras, Mascarenhas confirmou em seu depoimento que os pagamentos do Setor de Opera��es Estruturadas era s� il�cito. "Como dizem na Bahia, s� 'trepa moleque'!".

O advogado de defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, Fl�vio Caetano, pediu que ele define a express�o.

"S� coisa errada. Moleque n�o trepa em �rvore para poder roubar, trepa nos muros? Ent�o, era s� 'trepa moleque'", explicou Mascarenhas, ouvido no TSE no dia 6 de mar�o.

O executivo, que � um dos 78 delatores da Odebrecht - cujo acordo ainda est� sob sigilo - afirmou que US$ 3 bilh�es pagos pelo Setor de Opera��es Estruturadas entre 2006 e 2014 eram para pagamentos de propinas, ou caixa 2 para pol�ticos e campanhas, em neg�cios e tamb�m para pagamento de b�nus n�o declarados para executivos do grupo.

Nesta sexta-feira, 7, o delator foi ouvido pelo juiz federal S�rgio Moro, dos processos em primeira inst�ncia da Lava-Jato em Curitiba, em a��o penal contra o ex-ministro Antonio Palocci. O petista era o principal interlocutor de Odebrecht, na contabilidade da propina. Identificado como "Italiano" nos arquivos do setor de opera��es estruturas, ele participou do acerto de repasse de R$ 150 milh�es para a campanha presidencial de 2014 de Dilma.

Autoriza��o


Segundo o delator, de 2006 at� 2009, "100% da aprova��o para que a requisi��o fosse efetuada vinham do Marcelo (Odebrecht)", presidente afastado do grupo, que est� preso pela Lava-Jato, em Curitiba, desde 19 de junho de 2015.

"A partir de 2009, Marcelo delegou esta autoriza��o para os seis l�deres empresariais dele, que eram os l�deres da constru��o, de energia, da �rea ambiental e todos mais", afirmou.

O delator explicou ao TSE que o "departamento de propinas" tinha como fun��o a execu��o dos pagamentos de valores n�o declarado de toda holding. "O papel da �rea de opera��es estruturadas era de pagar. Para quem e porque n�o era da nossa al�ada. Chegava aqui uma solicita��o com um codinome, um valor, a pra�a que deveria ser paga, se fosse no exterior, com a conta do banco, se fosse no Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, S�o Paulo, Brasil etc."


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