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Estado de Minas

Jo�o Santana e M�nica Moura v�o depor no TSE no dia 17


postado em 07/04/2017 15:37

Bras�lia, 07 - O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcou para o dia 17 deste m�s os depoimentos do marqueteiro Jo�o Santana e da sua mulher, a empres�ria M�nica Moura, e de Andr� Santana, funcion�rio do casal, no �mbito da a��o que apura se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder pol�tico e econ�mico para se reeleger em 2014. O marqueteiro fez as campanhas de Dilma � Presid�ncia em 2010 e 2014.

Os depoimentos v�o ocorrer �s 9h, no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). At� agora, j� foram ouvidas 52 testemunhas, entre elas dez ex-executivos da Odebrecht.

Relator dos processos da Opera��o Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin homologou na �ltima ter�a-feira, 4, o acordo de colabora��o premiada celebrado entre o Minist�rio P�blico Federal (MPF) e os tr�s. O pedido para que eles fossem ouvidos pelo TSE veio do vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino.

A defesa de Dilma pediu na quinta-feira, 6, ao TSE acesso �s dela��es premiadas dos tr�s. Os advogados dos delatores informaram que n�o podem comentar sobre o teor do acordo de colabora��o premiada, que est� ainda sob sigilo.

Os depoimentos de ex-executivos da Odebrecht prestados ao TSE no m�s passado mostram que as dela��es premiadas do casal devem revelar detalhes do caixa 2 em campanhas do Brasil e no exterior realizadas de 2008 a 2014.

Rela��o

Ao TSE, Maria L�cia Tavares, Luiz Eduardo Soares, Fernando Migliaccio, Hilberto Mascarenhas e o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht revelaram detalhes da rela��o da empreiteira com o casal, conhecido pelo codinome "Feira".

No dia 1.� de mar�o, Marcelo Odebrecht disse ao TSE que, no caso de Santana, os pagamentos do setor de propina representavam a maior parte do que era destinado ao PT. "E a� � um processo que come�o l� tr�s - estou falando de 2008 - onde eles procuravam acertar com a gente um valor e a gente dar um conforto ao Jo�o Santana, que ele recebia", afirmou.

Primeira delatora a falar sobre as atividades do departamento da propina, a secret�ria Maria L�cia Tavares organizava todos os pagamentos semanais, elencados por valor, codinome do destinat�rio, nome da conta do operador e senha. Mesmo com acesso aos sistemas de inform�tica utilizados pelo departamento de propina ela conhecia apenas um codinome da lista da Odebrecht: "Feira".

Em depoimento ao TSE em 6 de mar�o, Mascarenhas afirmou que foram pagos entre US$ 50 milh�es e US$ 60 milh�es para M�nica. Segundo o delator, foram feitos pagamentos ao casal por campanhas no Brasil de 2010, 2012 e 2014 e tamb�m por servi�os realizados no exterior.

"Pessoas de pa�ses que n�s trabalh�vamos, como Angola, Panam�, El Salvador, queriam eles na campanha deles. E eles diziam: 'S� vou se a Odebrecht garantir o pagamento'. Ent�o sobrava para a gente pagar, n�o �?", disse Mascarenhas. Segundo ele, os valores eram sempre "bastante grandes" e M�nica exigia que parte fosse paga no Brasil.

Em esp�cie

De acordo com Migliaccio, havia uma sistem�tica para o pagamento realizado a M�nica no Brasil - preferencialmente em reais e em dinheiro em esp�cie.

"Ela (M�nica Moura) tamb�m tinha demandas espec�ficas, tipo: 'eu preciso dessa semana, mas � para Venezuela'; 'do Brasil pode atrasar duas semanas'; 'n�o, n�o, El Salvador tem que ser essa'. Ent�o, eu tinha que me organizar. Eu sabia exatamente que n�s pagamos elei��es, pagamos o trabalho dela nas elei��es - muito bem feito, por sinal, o trabalho dela - de El Salvador, Venezuela, Angola, Brasil, Rep�blica Dominicana e Panam�", detalhou Migliaccio.

Em fevereiro, o casal foi condenados pelo juiz federal S�rgio Moro por crime de lavagem de dinheiro no esquema de corrup��o instalado na Petrobras. Ambos foram condenados a oito anos e quatro meses de pris�o.


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