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Estado de Minas

T�tica Eleitoral faz base se 'descolar' do governo Temer


postado em 09/04/2017 09:13

Bras�lia, 09 - A impopularidade do presidente Michel Temer, o avan�o da Lava Jato e a crise econ�mica t�m levado integrantes da base no Congresso a um �descolamento� do governo, que se reflete n�o apenas nas vota��es no plen�rio, mas nos acordos para as disputas de 2018. A um ano e meio das elei��es, o PMDB de Temer n�o sabe se ter� condi��es de disputar a sucess�o presidencial com candidato pr�prio e o PSDB escancara suas diverg�ncias em pra�a p�blica.

�O Temer foi o resultado dos erros da Dilma e agora o Lula poder� ser o resultado dos erros do Temer�, afirmou o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), numa refer�ncia ao crescimento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), r�u da Lava Jato, nas pesquisas.

Ex-petista, Cristovam votou pelo impeachment de Dilma Rousseff. Disse n�o ter se arrependido, mas, ao adotar um discurso mais duro contra o governo, indicou que o l�der do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), n�o est� sozinho nas cr�ticas. Na sua avalia��o, Temer precisa de uma esp�cie de �comunic�logo� para explicar as a��es da equipe, se n�o quiser enfrentar mais problemas.

�O presidente virou prisioneiro da psicologia parlamentar, de n�o ser um l�der de massas. Ele acha que, convencendo o Parlamento basta, mas n�o � assim. At� agora n�o conseguiu convencer o povo de que a reforma da Previd�ncia vai trazer justi�a e acabar com os privil�gios�, insistiu Cristovam.

'Suicidas'

- Em recente reuni�o com a bancada do PPS, o senador n�o se conteve. Afirmou estar convencido de que quem votar pela aprova��o de mudan�as na aposentadoria n�o ser� reeleito. �Se continuar assim, vamos dividir os parlamentares em dois grupos: os que s�o contra a reforma e os suicidas�, provocou Cristovam, que disse se encaixar no segundo, pois ainda tentar� outro mandato. �At� as manifesta��es s�o resultado da incompet�ncia do governo para explicar as coisas.�

O PPS tem dois minist�rios, mas, mesmo assim, mostrou infidelidade na vota��o do projeto de terceiriza��o na C�mara, ao lado do pr�prio PMDB, do PSDB e de outros aliados.

O descontentamento de Cristovam se estende ao PSDB, embora o partido controle quatro minist�rios, incluindo a secretaria respons�vel pela articula��o pol�tica do Planalto com o Congresso. Em conversas reservadas, tucanos fazem reparos aos rumos da economia sob Temer e dizem torcer para que n�o haja um �abra�o de afogados� ao fim da gest�o - com nomes envolvidos pela Lava Jato -, mas t�m certeza de que o PMDB apoiar� o PSDB para a Presid�ncia.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, j� chegou a ser citado como a alternativa do PMDB para a campanha de 2018. A falta de rea��o da economia, no entanto, inibiu os defensores desse plano B.

� pergunta sobre quem ser� o candidato do PSDB � sucess�o de Temer, os palpites s�o os mais variados na seara tucana. Do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, ao senador A�cio Neves (MG), passando por seu colega Jos� Serra (SP), tudo depende dos desdobramentos da Lava Jato e de quem sair� mais ou menos chamuscado das dela��es da Odebrecht. � nesse cen�rio que aparece o perfil do prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria, como a �salva��o� do tucanato.

�Ningu�m est� pensando em candidato para salvar o partido�, rebateu o deputado Silvio Torres (SP), secret�rio-geral do PSDB. �Ainda que haja questionamentos (por parte da Lava Jato) em rela��o �s nossas lideran�as, a soma delas � fundamental para o PSDB seguir em frente. O Doria tem um papel important�ssimo e vai compor esse retrato, mas n�o necessariamente como candidato.�

Doria assegurou que seu candidato ao Planalto ser� Alckmin, o padrinho pol�tico, mas n�o passou despercebida dos outros pretendentes � cadeira de Temer sua declara��o de que � preciso lutar para evitar a volta de Lula. Em entrevista ao jornal

O Estado de S. Paul

, Doria admitiu lan�ar seu nome para o Pal�cio dos Bandeirantes �se Alckmin pedir�.

Tucanos notaram que A�cio, embora n�o tenha jogado a toalha sobre a inten��o de concorrer � Presid�ncia, d� sinais de que pode desistir. Preocupado com a Lava Jato e com o mandato que termina em 2018, o presidente do PSDB parece hoje mais interessado em recuperar a confian�a de eleitores em Minas.

No Planalto, a avalia��o � de que Temer sobreviver� ao julgamento do processo no Tribunal Superior Eleitoral e manter� o cargo, mas n�o ser� candidato. A negativa tamb�m foi dada por ele a empres�rios com quem conversou, nos �ltimos dias. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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