O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou estender a Eike Batista a medida liminar que deferiu na semana passada em favor de Fl�vio Godinho, que foi um alto executivo do grupo EBX, holding do empres�rio. Gilmar rejeitou o argumento de que a situa��o entre os dois era a mesma.
"Eike Fuhrken Batista � apontado como o mandat�rio dos supostos atos de corrup��o, lavagem de dinheiro e obstru��o executados por Fl�vio Godinho. Isso indica n�o apenas maior culpabilidade, mas tamb�m perigo maior de reitera��o em crimes e atos contr�rios ao desenvolvimento da instru��o", afirmou Gilmar Mendes no despacho dado nesta segunda-feira (10).
O ministro tamb�m disse que h� suspeita concreta de que Eike "teria reiterado atos de corrup��o e lavagem de dinheiro, ao contr�rio de Fl�vio Godinho, supostamente envolvido em um �nico ato" e acrescentou haver ind�cios de que o empres�rio pertenceria a organiza��o criminosa.
Gilmar Mendes fez a ressalva de que "o acerto ou n�o da decis�o que decretou a pris�o preventiva do paciente dever� ser discutido nas vias pr�prias, com �nfase nas circunst�ncias pessoais do requerente".
Na quarta-feira passada (5), o ministro suspendeu a pris�o preventiva de Godinho, que, al�m de ter sido bra�o direito de Eike, era vice-presidente de futebol do Flamengo at� ser preso.
Tanto Eike Batista como Flavio Godinho foram presos no �mbito da Opera��o Efici�ncia, deflagrada no dia 26 de janeiro, em um desdobramento da Calicute, opera��o da for�a-tarefa da Lava Jato sediada no Rio de Janeiro que culminou na pris�o do ex-governador S�rgio Cabral (PMDB-RJ), em novembro de 2016. Godinho foi preso no dia 26 de janeiro e Eike, apenas no dia 30, pois estava no exterior.
No dia 8 de mar�o, a primeira turma do Tribunal Regional Federal da 2� Regi�o (TRF2) negou um pedido de habeas corpus de Eike. (Breno Pires e Rafael Moraes Moura)