Dilma favoreceu doadora em constru��o de hidrel�trica, diz Em�lio Odebrecht

Bras�lia e S�o Paulo, 12 - O patriarca da maior empreiteira do pa�s, Em�lio Odebrecht, revelou que a ex-presidente Dilma Rousseff era "respons�vel pelo favorecimento" da empresa Tractebel-Suez em licita��o para constru��o da Usina Hidrel�trica de Jirau, em Rond�nia.

Os depoimentos do empreiteiro e do executivo Henrique Serrano do Prado Valladares, tamb�m ligado � Odebrecht, embasaram peti��o do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.

Janot solicitou o envio das dela��es � Justi�a Federal do Paran�, que julga a Opera��o Lava Jato na primeira inst�ncia, sob tutela do juiz S�rgio Moro.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral apurados pelo jornal O Estado de S. Paulo, o comit� de campanha da ex-presidente recebeu R$ 1 milh�o nas elei��es de 2010 e a candidatura pessoal de Dilma na campanha de 2014 foi destinat�ria de R$ 800 mil da Tractebel Energia Comercializadora Ltda.

Inaugurada em 2016, a Usina Hidrel�trica de Jirau, no Rio Madeira, em Porto Velho, Rond�nia, recebeu investimentos de R$ 19 bilh�es e foi financiada pelo Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), do governo federal.

O leil�o para constru��o da usina foi realizado em 2008, quando Dilma era chefe da Casa Civil do governo Lula, e teve como vencedor o cons�rcio Energia Sustent�vel do Brasil, formado pela Engie - controladora da Tractebel -, Mitsui, Eletrosul e Chesf.

"Segundo o Minist�rio P�blico, relatam os colaboradores a ocorr�ncia de favorecimento � empresa Tractebel-Suez, vencedora do processo licitat�rio envolvendo a obra da Usina Hidrel�tica de Jirau, que, em conjunto com a Usina Hidrel�trica Santo Ant�nio (obra vencida pelo cons�rcio formado entre Odebrecht e Andrade Gutierrez), compunha o 'Projeto Madeira'. Narram os colaboradores que solicitaram aux�lio do ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva objetivando reverter a adjudica��o em favor da Tractebel-Suez, contudo, por raz�o desconhecida, o ex-presidente da Rep�blica optou por n�o contrariar a ent�o Presidente Dilma Vana Roussef, vista como respons�vel pelo favorecimento da mencionada empresa", diz a peti��o assinada pelo ministro Edson Fachin, baseado nas informa��es que chegaram a ele via Procuradoria-Geral da Rep�blica.

Como os ex-presidentes Lula e Dilma n�o t�m mais foro privilegiado no Supremo, o relator da Lava Jato na Corte m�xima reconheceu incompet�ncia para julgar o caso e enviou os depoimentos dos delatores � Justi�a Federal e � Procuradoria da Rep�blica no Paran�. Fachin ainda decretou o levantamento do sigilo dos autos.