Bras�lia, 12 - Em dela��o premiada, Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, falou sobre a atua��o do ex-ministro Guido Mantega para destravar a libera��o de um neg�cio pela Previ com a Odebrecht Realiza��es Imobili�rias. A Previ, fundo de previd�ncia dos funcion�rios do Banco do Brasil, comprou parte do empreendimento imobili�rio Parque da Cidade - o neg�cio contou com a ajuda de "Guido", forma como Marcelo se refere ao ex-ministro.
Segundo Marcelo, Mantega "azeitou" a libera��o do neg�cio. O empres�rio foi procurado por executivo respons�vel pela Odebrecht Realiza��es Imobili�rias para pedir "um conforto" por parte do ent�o ministro da Fazenda sobre o neg�cio. Marcelo levou o caso a Mantega e depois disso lan�ou um cr�dito de R$ 27 milh�es em favor do PT na conta corrente usada para fazer repasses de interesse ao governo.
"Negocia��es dessas travam mesmo. Fica dif�cil dizer (se neg�cio teria sido feito sem a atua��o de Guido Mantega). Teria destravado em mais tempo se eu n�o tivesse falado? Eu n�o posso dizer (...) Com certeza ajudou. Atrapalhar n�o atrapalhou", disse Marcelo sobre a interven��o do ent�o ministro da Fazenda.
Ele disse ainda que destinou R$ 4 milh�es ou R$ 5 milh�es da conta vinculada a interesses do governo ao deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e ao ex-deputado C�ndido Vaccarezza (PTdoB-SP), em raz�o de influ�ncia no neg�cio. "Eu sabia que Zarattini e Vaccareza tinham rela��o com Guido. Disse: 'Se voc� (Paul Elie Altit, executivo da Odebrecht Realiza��es Imobili�rias) prometeu a ele dar esse apoio, at� consigo com Guido descontar na planilha do italiano", narrou Marcelo.
Defesas
Em nota divulgada nesta ter�a-feira (11), o l�der do PT na C�mara, Carlos Zarattini (SP), disse que "dela��o n�o � prova". "Todos os citados das bancadas do PT na C�mara e no Senado ir�o provar sua inoc�ncia nesse processo", diz a nota. O l�der completa: "� lament�vel que mais uma vez haja a divulga��o de inqu�ritos em que sequer os citados tivessem conhecimento do que s�o acusados".
"C�ndido Vaccarezza n�o � r�u na opera��o lava jato e eventuais declara��es de executivos da Odebrecht ser�o refutadas na �ntegra", escreveu, em nota, a defesa do ex-deputado.