Bras�lia, 12 - O ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht Benedicto J�nior disse em um dos depoimentos de sua dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal que as doa��es a pol�ticos garantiam "privil�gio" no acesso ao recebedor do apoio financeiro.
Segundo ele, n�o era poss�vel supor que a empresa teria todos os seus pedidos atendidos pelo pol�tico em raz�o da doa��o eleitoral, mas sim que a interlocu��o seria facilitada. "Isso garantia um privil�gio na rela��o", disse BJ, sobre as doa��es.
O delator disse ainda que n�o tinha conhecimento do sistema Drousys - o comunicador usado pelo setor de Opera��es Estruturadas, o departamento da propina, para combinar com os operadores da empreiteira a entrega de dinheiro de caixa dois ou propina.
BJ era um dos principais respons�veis por autorizar pagamentos a pol�ticos por meio do setor, mas n�o tinha conhecimento do sistema de comunica��o criado pela empreiteira.
"Fui conhecer depois de mar�o agora (2016), quando fui informado de que havia um sistema de troca de informa��es dos operadores e dos nossos pr�prios funcion�rios. Tomei conhecimento pela imprensa", disse ele. Segundo o delator, ele foi apresentado ao Drousys quando a Lava Jato deflagrou a 26� fase da Opera��o e revelou o sistema de inform�tica.