(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mantega pediu R$ 100 milh�es para a campanha de Dilma em 2014, diz Odebrecht

Em troca, Mantega atuou junto ao governo e tamb�m no Congresso para a aprova��o de uma medida provis�ria para beneficiar a Braskem, outra empresa ligada ao Grupo Odebrecht


postado em 12/04/2017 21:31 / atualizado em 12/04/2017 22:28

O empres�rio Marcelo Odebrecht, em depoimento de dela��o premiada, afirmou que em 2013 o ent�o ministro da Fazenda Guido Mantega pediu R$ 100 milh�es para a campanha presidencial de Dilma Rousseff - a petista disputou as elei��es no ano seguinte. Em troca, Mantega atuou junto ao governo e tamb�m no Congresso para a aprova��o de uma medida provis�ria para beneficiar a Braskem, outra empresa ligada ao Grupo Odebrecht.

Marcelo, em 2009, assumiu uma vaga no conselho e passou a trabalhar junto a pol�ticos para concretizar os interesses dos neg�cios. Segundo relato de Odebrecht, ficou combinado entre os integrantes do grupo que a campanha presidencial seria "bancada" pela Braskem, pois naquela �poca, a construtora "j� tinha gasto R$ 50 milh�es na campanha do Eduardo Campos e estava comprometida com o A�cio (Neves)".

Ficou acordado que para que isso fosse poss�vel, o governo deveria aprovar uma medida provis�ria para beneficiar a Braskem. A MP 613/13 foi aprovada no Congresso, no Senado e sancionada pela presid�ncia em menos de um m�s. O texto determinava a concess�o de in�meros benef�cios e incentivos � produ��o de etanol e � ind�stria qu�mica por meio de cr�dito presumido e redu��o de al�quota do PIS/Pasep e Cofins.

Em cerca de 20 minutos de depoimento, Odebrecht diz que no Brasil "se voc� n�o tem acesso ao rei, n�o consegue aprovar nada" e quando leis do interesse da empresa eram aprovadas, n�o sabia se eram por quest�es t�cnicas ou por causa de pagamentos feitos aos pol�ticos. Ele afirmou que foram feitos estudos t�cnicos para justificar a medida que traria benef�cios � ind�stria do Pa�s, mas a partir do momento que eram iniciadas conversas com parlamentares, estes "ficavam na expectativa" de receber propina ou at� mesmo doa��es para futuras campanhas.

O empres�rio afirma que pagou R$ 4 milh�es ao senador Romero Juc� (PMDB-RR) para a aprova��o da MP. Na ocasi�o, o empres�rio autorizou o pagamento ao senador. E justificou: "Expliquei a Claudio (Melo Filho, executivo), acerte com Juc�, porque a� l� na frente ele vai pedir um valor absurdo para campanha e a� n�o vai aparecer ningu�m para pagar. J� autorize para alinhar com os neg�cios dos benefici�rios de cada medida aprovada no Congresso". O objetivo era gerar uma expectativa aos deputados e senadores que, se eles atuassem pelos interesses da Odebrecht, receberiam dinheiro para bancar candidaturas.

O delator diz por v�rias vezes que tinha total acesso ao ministro Mantega. E que quando se encontravam, ele sabia que conversava "com o grande doador" e ficava impl�cito a obriga��o de um "trabalhar" em benef�cio do outro.

Defesa


Em nota divulgada nesta ter�a-feira, 11, o senador Romero Juc� afirmou: "Sempre estive e sempre estarei � disposi��o da Justi�a para prestar qualquer informa��o. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legisla��o e tive todas as minhas contas aprovadas".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)