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Estado de Minas

Dilma escalou Cardozo e Mantega para resolver impasse com Gra�a Foster


postado em 13/04/2017 22:07

Bras�lia e S�o Paulo, 13 - O empreiteiro Marcelo Odebrecht relatou, em dela��o premiada, tratativas com a ex-presidente Dilma Rousseff para resolver impasse entre a construtora e a ent�o presidente da Petrobras Gra�a Foster sobre investiga��es em torno do PAC SMS, da estatal petrol�fera. Do total do contrato, firmado entre a empreiteira e a estatal, 5% seriam destinados a propinas, divididas entre PT e PMDB. O termo foi alvo de investiga��es, que provocaram um conflito quando Marcelo Odebrecht pediu a Gra�a Foster ajuda para defender um executivo alvo do inqu�rito. De acordo com o depoimento, o assunto foi levado a Dilma, a quem Marcelo Odebrecht diz ter explicado que "neste contrato", a construtora "serviu de ve�culo, por demanda do PT e do PMDB".

O contrato do PAC SMS foi firmado em 2011, com a Odebrecht, por um valor de R$ 825 milh�es. A empresa ficou respons�vel pela presta��o de servi�os para a �rea de Neg�cios Internacionais da Petrobras, dentro de um plano de a��o de certifica��o em seguran�a, meio ambiente e sa�de. O termo abrangeu inclusive a Refinaria de Pasadena, no Texas, EUA.

Segundo delatores da construtora, em reuni�o com Temer, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ficou acertada propina oriunda desse contrato no valor de 5% para o PMDB. Ap�s ajustes com a diretoria da Petrobras, as "vantagens indevidas" ao partido foram reduzidas para 4% e o PT passaria a ficar com 1%. As tratativas teriam ocorrido em 2010.

"J� em 2012, em uma das minhas viagens a Angola, recebi um telefonema de Maria das Gra�as Foster, ent�o presidente da Petrobras, no dia em que estava num jantar na casa de Ernesto Vieira, nosso executivo � �poca em Angola. Neste telefonema, Gra�a me relatou que ficou sabendo que a Odebrecht havia pago, em decorr�ncia da conquista do contrato PAC SMS, valores para o PMDB. Ela me disse que esse fato havia, inclusive, "chegado aos ouvidos" da presidente Dilma. E que elas (Gra�a e Dilma) queriam saber quem eram os destinat�rios desses valores", afirmou Marcelo Odebrecht, em dela��o premiada.

Ap�s o telefonema, o empreiteiro disse ter se encontrado com a presidente da Petrobras no Hotel Transam�rica, em S�o Paulo. "O tom inicial da conversa era de reclama��o em virtude de valores terem sido pagos ao PMDB, mas quando eu disse que o PT tinha conhecimento ela imediatamente recuou."

Na mesma �poca, segundo Marcelo, a situa��o envolvendo o PAC SMS "saiu do controle" quando um relat�rio da Comiss�o Interna de Apura��o foi encaminhado ao Minist�rio P�blico Estadual, que apresentou den�ncia contra o diretor de contratos da construtora, Marco Duran.

O empres�rio chegou a pedir ajuda para a ent�o presidente da Petrobras Gra�a Foster, que, segundo ele, prometeu que "colocaria uma pessoa da confian�a dela para acomodar o assunto" dentro da estatal. "Ap�s isso, tive trocas de e-mails em tons pesados com Gra�a, j� que ela havia me prometido que acomodaria a situa��o. Foi quando ela levou nossa discord�ncia para a presidente."

"No encontro que tive com a presidente, logo a seguir, eu expliquei para a presidente o ocorrido desde o in�cio, ou seja, que neste contrato hav�amos sido ve�culo por demanda do PMDB e do PT para a elei��o de 2010. A presidente me disse que Gra�a e eu ter�amos que nos entender. Para tanto, colocou o Guido Mantega e o Jos� Eduardo Cardozo para ajudar com que Gra�a e eu cheg�ssemos a um entendimento."

Marcelo Odebrecht relatou ainda que se reuniu "pelo menos uma vez" com Jos� Eduardo Cardozo, Guido Mantega e o diretor jur�dico da Odebrecht Maur�cio Ferro, no escrit�rio do ministro da Fazenda, em S�o Paulo. "Tentamos construir uma sa�da para a resposta que a Petrobras poderia dar no sentido de esclarecer a situa��o do Marco Duran e sustentar a licitude do contrato de modo a nos ajudar na defesa junto ao Minist�rio P�blico Estadual."

Outro lado

O ex-ministro Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a) reagiu com indigna��o. "Fica claro que est�vamos discutindo um problema jur�dico. Fica claro que ele (Marcelo Odebrecht), com certeza n�o falou nada da irregularidade que existia. Fica claro que nada aconteceu dessa reuni�o."


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