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Estado de Minas

Dilma diz que integrantes do Judici�rio adotam 'medidas de exce��o'


postado em 18/04/2017 23:01

Bras�lia, 18 (AE), 18 - Sem citar nomes, a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que integrantes do Judici�rio brasileiro seguem interpreta��es legais "extremamente question�veis" e adotam "medidas de exce��o" que s�o uma amea�a � democracia. Em palestra na Universidade George Washington, na capital americana, Dilma criticou pronunciamentos de ju�zes fora dos autos, condenou vazamentos seletivos e lembrou que foi grampeada durante o exerc�cio do cargo.

"O que est� acontecendo no Brasil � algo grave, que caracteriza lawfare", afirmou, usando express�o em ingl�s que significa o uso pol�tico do Judici�rio contra advers�rios.

A ex-presidente fez refer�ncia espec�fica � decis�o do Tribunal Regional Federal da 4� regi�o no caso da escuta telef�nica que captou conversas suas com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Apesar de o juiz que autorizou o grampo ter pedido desculpas ao Supremo, o tribunal n�o considerou que grampear presidente � crime", afirmou, em refer�ncia a S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato em primeira inst�ncia. "Grampeie um presidente da Rep�blica aqui e cai na Lei de Seguran�a Nacional. O que fizeram no Brasil foi grampear um presidente e disseram que foi uma medida excepcional em um momento excepcional."

Dilma tamb�m criticou vazamentos de informa��es judiciais. "Julgar pela imprensa � um crime contra a democracia. � crime porque fere a democracia, compromete a democracia, destr�i a democracia."

Apesar das cr�ticas ao Judici�rio, a ex-presidente disse ser a favor da Opera��o Lava Jato e reconheceu a dimens�o in�dita das irregularidades reveladas pela investiga��o. "Tirando os nossos, talvez o maior caso de corrup��o tenha sido o do subprime", afirmou, referindo-se aos excessos financeiros que levaram � crise mundial de 2008.

Durante 53 minutos, Dilma defendeu seu governo e repetiu a tese de que foi v�tima de um golpe parlamentar, promovido por setores interessados em retomar um projeto neoliberal no Brasil. "Quando se faz impeachment sem crime de responsabilidade, abre-se a caixa de monstros e os monstros normalmente devoram quem abriu a caixa", afirmou. "Isso est� acontecendo com a pessoa que foi derrotada na elei��o de 2014, o senador A�cio Neves."

A ex-presidente afirmou que Lula � alvo da mais "violenta" e "sistem�tica" campanha de destrui��o de reputa��es do Brasil, compar�vel �s que foram sofridas por Get�lio Vargas, Juscelino Kubitschek e Jo�o Goulart. Ainda assim, ele tem 40% de inten��o de voto nas pesquisas sobre a elei��o de 2018, afirmou. "Se o Judici�rio quiser afast�-lo (da disputa), ter� de pensar bastante, porque s�o muito fr�geis as provas contra ele."

Em sua avalia��o, a origem da crise atual � pol�tica e n�o econ�mica. "A profunda crise que estamos vivendo � resultado da irresponsabilidade daqueles que criaram a maior crise pol�tica que o pa�s experimentou p�s-ditadura militar", disse, lembrando que a discuss�o do processo de impeachment come�ou tr�s meses depois de sua posse.


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