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Estado de Minas

Para FHC, acusa��es contra Lula podem virar 'arma de campanha'


postado em 24/04/2017 21:01

S�o Paulo, 24 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que as acusa��es contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) podem virar arma de campanha e que outros candidatos ir�o crescer na disputa para 2018. Diante da lideran�a do petista em pesquisas eleitorais, FHC disse que n�o acha Lula um "bicho-pap�o" porque o venceu duas vezes, em 1994 e 1998.

Ap�s participar do F�rum Espanha-Brasil, na capital paulista, o l�der tucano relativizou a lideran�a de Lula em sondagens de inten��o de voto para 2018. "Pesquisa fora de �poca n�o � pesquisa, � proje��o um pouco no vazio", disse. FHC falou ainda que, diante das acusa��es que o ex-presidente petista enfrenta, tudo o que se fala pode virar arma de campanha. "Se for verdade tudo que est�o dizendo sobre o Lula, isso vira uma arma de campanha. E, sendo uma arma e campanha, afeta tamb�m a vota��o. Eu ganhei do Lula duas vezes, n�o acho o Lula um bicho-pap�o", disse.

As declara��es do ex-presidente tucano ocorrem no mesmo dia em que Lula promove um semin�rio em Bras�lia se defendendo das acusa��es nos processos da Opera��o Lava Jato e afirmando que est� tranquilo sobre o depoimento que vai prestar ao juiz federal S�rgio Moro. "Eu n�o sei se ele vai murchar, mas acho que outros v�o crescer", afirmou FHC quando perguntado se as den�ncias iriam desgastar Lula at� as elei��es.

Reformas

Fernando Henrique Cardoso disse ainda acreditar que o presidente Michel Temer (PMDB) consiga aprovar as reformas que deseja at� o fim do mandato, mas que as propostas dificilmente ir�o passar da forma como o peemedebista enviou ao Congresso. "Nenhum presidente consegue tudo que deseja, eu n�o consegui. Mas a gente consegue alguma coisa. O Brasil est� em um momento tal que � necess�rio que medidas sejam tomadas", disse.

O ex-presidente afirmou que sempre haver� uma adequa��o no Congresso em rela��o �s propostas do governo. "O Congresso nunca vai votar tudo o que o governo quer, mas o Congresso tem que estar atento n�o � pr�xima elei��o, mas � sobreviv�ncia do Pa�s." "Portanto, vai ter que fazer a reforma, acho que vai fazer", disse.

Populismo

Ap�s falar que a globaliza��o sofreu um "solavanco" com Donald Trump sendo eleito presidente dos Estados Unidos, FHC disse que o Brasil deve tirar proveito da situa��o e aproveitar para fazer acordos com mercados que ficar�o fechados para a economia norte-americana. "O Brasil tem que tirar proveito da situa��o em que vive, a medida em que os americanos se encolherem, se � que v�o mesmo se escolher, n�s temos que nos expandir. � simples assim. Expandir onde? Na nossa regi�o, tem que procurar o M�xico", disse, completando que h� outras na��es para buscar, como aquelas que firmaram o Acordo Transpac�fico de Coopera��o Econ�mica (TPP).

'Acord�o'

Presentes no evento, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim negaram que haja uma conversa entre FHC, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e o presidente Michel Temer (PMDB) para uma salva��o pol�tica de seus partidos ap�s a Opera��o Lava Jato.

FHC disse que esse poss�vel di�logo � "falso e ilus�rio". "Nunca ningu�m falou nisso", afirmou. Ele defendeu que haja uma agenda p�blica em uma prov�vel conversa. Para FHC, um di�logo entre os tr�s l�deres "por enquanto � s� especula��o de jornalista".

Nelson Jobim disse que n�o sabe "de onde tiraram isso", quando perguntado sobre o eventual "acord�o". Ele e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foram citados como emiss�rios do acordo entre os tr�s caciques partid�rios. "N�o tem esse di�logo. Foi uma cria��o", afirmou.

Para Jobim, � necess�rio um di�logo pela classe pol�tica "para se manter uma disputa eleitoral razo�vel", mas n�o necessariamente entre os tr�s. Sobre a Opera��o Lava Jato, o ex-ministro afirmou que 14% do Congresso est� na lista de pedidos de abertura de inqu�rito no Supremo. "E s�o lideran�as que est�o na lista. O que vai haver vai ser uma substitui��o de lideran�as. � normal", declarou.

O ex-ministro afirmou ainda que, se o governo de Michel Temer n�o for bem sucedido em sua agenda de reformas, uma onda de populismo poder� tomar conta das elei��es presidenciais de 2018. "Se n�o tivermos resultados com o governo Temer, que deveremos ter, evidentemente n�s vamos jogar em uma disputa populista de radicaliza��es", disse.

Comentando recentes pesquisas eleitorais, Jobim, que j� foi ministro dos governos tucano e petista, disse que Lula lidera as sondagens pela hist�ria que tem. J� o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) poder� crescer, mas n�o se sustentar�, disse.


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