S�o Paulo, 28 - O executivo Jo�o Pac�fico, um dos delatores da Odebrecht, apontou propina ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) sobre um contrato de 1987 para obras do Transporte Moderno de Salvador (TMS). Segundo o delator, foram pagos R$ 3,6 milh�es entre 2007 e 2010, per�odo em que Geddel (PMDB) foi ministro da Integra��o Nacional de Lula.
Pac�fico relatou que, em 1987, a Construtora Norberto Odebrecht firmou com a Superintend�ncia de Urbaniza��o da Capital (Surcap), atual Superintend�ncia de Conserva��o e Obras P�blicas (Sucop), autarquia vinculada � prefeitura de Salvador, contrato para o TMS. As obras, disse, serviriam para melhorar o tr�fego dos �nibus na capital baiana. "De 1987 at� 2001, eu n�o tive nenhuma participa��o, nenhum envolvimento nesse projeto", afirmou o delator.
O delator narrou que "eram frequentes os atrasos nos pagamentos pela Surcap dos valores devidos � construtora, que tinha dificuldade em receber seus cr�ditos". O cen�rio, segundo Pac�fico, mudou "em fun��o de uma altera��o do contexto pol�tico que envolvia a prefeitura de Salvador" em 2007. A mudan�a, disse, permitiu a Geddel que passasse a exercer "forte influ�ncia no governo municipal". Pac�fico declarou que procurou o ent�o diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht, Cl�udio Melo Filho. Naquele ano, Geddel era ministro da Integra��o Nacional.
"Eu pedi a Cl�udio que falasse com o Geddel, j� que o prefeito era do partido dele, para que houvesse uma regularidade no fluxo de recurso. Foi quando Cl�udio esteve com o ministro e, a partir da�, realmente aconteceu uma melhora significativa no fluxo de recurso." O delator afirmou que "diante da proximidade das elei��es" Melo Filho "solicitou, a pedido de Geddel, uma contribui��o para o PMDB da Bahia, com o objetivo de ajudar os candidatos do partido no Estado". Segundo ele, os valores "eram retirados atrav�s do Setor de Opera��es Estruturadas."
A prefeitura de Salvador n�o respondeu � reportagem. Geddel refutou, "categoricamente, as irrespons�veis e levianas alega��es formuladas por delator premiado". As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.