Rio de Janeiro – O empres�rio Eike Batista j� desfruta do conforto de sua mans�o, no bairro Jardim Bot�nico, no Rio de Janeiro, apesar de ter que permanecer em pris�o domiciliar. Ele deixou a Penitenci�ria Bandeira Stampa, no Complexo Penitenci�rio de Gericin�, em Bangu, na Zona Oeste do Rio por volta das 9h de ontem, depois de tr�s meses de pris�o. A sa�da do empres�rio do pres�dio, em carro da Pol�cia Federal, provocou revolta em parentes de presos, que est�o na fila para a visita, j� que os presidi�rios costumam deixar o complexo penitenci�rio a p�. Para as fam�lias, o empres�rio recebeu tratamento privilegiado.
Em casa, ele dever� cumprir nove medidas cautelares.Em casa, ele dever� cumprir nove medidas cautelares, tais como receber, sem aviso-pr�vio, vistoria da Pol�cia Federal, se afastar das empreses de que � s�cio e entregar o passaporte.
Eike foi preso em 30 de janeiro na Opera��o Efici�ncia, um desdobramento da Calicute, que levou � pris�o o ex-governador S�rgio Cabral Filho (PMDB). O empres�rio foi denunciado pelo Minist�rio P�blico Federal sob acusa��o de pagar propina ao esquema liderado por Cabral. Segundo os investigadores, o dono do grupo EBX teria feito repasses por meio de opera��es financeiras no exterior que somam US$ 16,5 milh�es, al�m de simula��o de presta��o de servi�os do escrit�rio de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador.
Ele tamb�m � suspeito de tentar atrapalhar as investiga��es ao realizar reuni�o para “combinar vers�es” com seus defensores e com um assessor, Fl�vio Godinho, tamb�m preso na Opera��o Efici�ncia. Os advogados do empres�rio alegam, no entanto, que as reuni�es serviam para “tra�ar estrat�gia de defesa”.
Eike ficar� em pris�o domiciliar por determina��o do juiz federal Gustavo Arruda Macedo. A decis�o foi tomada no s�bado, um dia depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes atender o pedido de liberdade da defesa apresentado pela defesa de Eike Batista.
A decis�o liminar do ministro Gilmar Mendes, que cita “constrangimento ilegal” ao empres�rio, foi dada na mesma semana em que a Segunda Turma do STF decidiu revogar duas pris�es da Lava-Jato e libertar o pecuarista Jos� Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP Jo�o Cl�udio Genu, condenados em primeira inst�ncia pelo juiz S�rgio Moro. Nos dois casos, o relator da Opera��o Lava-Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, foi voto vencido na Segunda Turma, da qual Gilmar faz parte.