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Estado de Minas

'Procura-se vivo ou morto', protesta Lula a Moro em ataque � imprensa


postado em 10/05/2017 20:13 / atualizado em 10/05/2017 21:54

Curitiba, 10 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva atacou a imprensa em seu interrogat�rio ao juiz federal S�rgio Moro. Ele reclamou da intensa cobertura dos ve�culos de comunica��o e do que classificou de 'vazamentos'. Citou at� o n�mero de capas que as principais revistas dedicaram a ele nesses anos de Lava Jato - nominou Isto�, 25 capas, Veja, 19, e �poca, 12. "Demonizando o Lula", disse. Os v�deos do depoimento do ex-presidente foram disponibilizados pela Justi�a Federal.

"Eu falo vazamento que sai pra imprensa, porque determinadas coisas s�o feitas, eu conhe�o os vazamentos, eu sei os vazamentos, � como se o Lula tivesse... pela imprensa, pelo Minist�rio P�blico, sendo procurador, procura-se vivo ou morto."

Citou o Estad�o. "S�o 318 mat�rias contr�rias e duas favor�veis."

"A imprensa � o principal julgador."

"Se tem um brasileiro que deseja contar a verdade sou eu. O que eu quero � que tenham respeito comigo. Pelo amor de Deus apresentem uma prova, chega de diz-que-diz."

Lula foi interrogado por cerca de cinco horas na a��o penal sobre o caso triplex. A den�ncia do Minist�rio P�blico Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milh�es em benef�cio pr�prio - de um valor de R$ 87 milh�es de corrup��o - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As acusa��es contra Lula s�o relativas ao recebimento de vantagens il�citas da empreiteira por meio do triplex 164-A no Edif�cio Solaris, no Guaruj� (SP), e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016. O petista � acusado de lavagem de dinheiro e corrup��o.

Triplex

O Edif�cio Solaris era da Cooperativa Habitacional dos Banc�rios (Bancoop), a cooperativa fundada nos anos 1990 por um n�cleo do PT. Em dificuldade financeira, a Bancoop repassou para a OAS empreendimentos inacabados, o que provocou a revolta de milhares de cooperados. O ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto foi presidente da Bancoop.

A ex-primeira-dama Marisa Let�cia (morta em 2017) assinou Termo de Ades�o e Compromisso de Participa��o com a Bancoop e adquiriu "uma cota-parte para a implanta��o do empreendimento ent�o denominado Mar Cant�brico", atual Solaris, em abril de 2005.

Em 2009, a Bancoop repassou o empreendimento � OAS e deu duas op��es aos cooperados: solicitar a devolu��o dos recursos financeiros integralizados no empreendimento ou adquirir uma unidade da OAS, por um valor pr�-estabelecido, utilizando, como parte do pagamento, o valor j� pago � Cooperativa.

Segundo a defesa de Lula, a ex-primeira-dama n�o exerceu a op��o de compra ap�s a OAS assumir o im�vel. Em 2015, Marisa Let�cia pediu a restitui��o dos valores colocados no empreendimento.

Bens

A Lava Jato afirma que a OAS pagou durante cinco anos pelo aluguel de dez guarda-m�veis usados para armazenar parte da mudan�a do ex-presidente Lula quando o petista deixou o Pal�cio do Planalto no segundo mandato. A empreiteira desembolsou entre janeiro de 2011 a janeiro de 2016, R$ 1,3 milh�o pelos cont�ineres, ao custo mensal de R$ 22.536,84 cada.

Toda negocia��o com a transportadora Granero teria sido intermediada pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que indicou a OAS como pagante com o argumento de que a empreiteira � uma "apoiadora do Instituto Lula." Para investigadores da Lava Jato, os fatos demonstram "fortes ind�cios de pagamentos dissimulados" pela OAS em favor de Lula. Isso porque o contrato se destinava a "armazenagem de materiais de escrit�rio e mobili�rio corporativo de propriedade da construtora OAS Ltda", mas na verdade os guarda-m�veis atendiam a Lula.

 

 


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