(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Lula tinha forma 'bem-humorada' de falar caixa 2, diz Jo�o Santana

De acordo com o marqueteiro, tanto Lula como a ex-presidente Dilma Rousseff sabiam que os atrasos nos pagamentos feitos ao casal se referiam a recursos n�o contabilizados


postado em 11/05/2017 17:41

"O presidente Lula tinha tamb�m uma forma bem-humorada de tratar dos pagamentos por fora que estavam em atraso. Para demonstrar que estava preocupado (...) vez por outra pergunta a Jo�o: "E a� os alem�es t�m lhe tratado bem?" (os alem�es, no caso, era a Odebrecht)", diz anexo da dela��o premiada de Jo�o Santana, tornada p�blica nesta quinta-feira, 11.

Jo�o Santana e a mulher, M�nica Moura, foram respons�veis pelas campanhas do PT � Presid�ncia da Rep�blica em 2006, 2010 e 2014.

O anexo de dela��o premiada � o documento em que o delator informa ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) o que vai contar no processo de dela��o. A colabora��o de Jo�o Santana, assim como a de sua mulher, M�nica Moura, e de Andr� Santana, funcion�rio do casal, foi assinada pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Isso significa que, a partir de agora, o que foi dito � Lava Jato pode ser usado como base para a abertura de inqu�ritos ou refor�ar investiga��es j� em curso.

Ajuda

De acordo com Jo�o Santana, tanto Lula como a ex-presidente Dilma Rousseff sabiam que os atrasos nos pagamentos feitos ao casal se referiam a recursos n�o contabilizados.

Segundo o anexo da dela��o premiada de Santana, a primeira abordagem direta com Lula sobre caixa 2 se deu em 2009, "no epis�dio de ajuda � campanha de Mauricio Funes, em El Salvador, quando ele mandou Jo�o procurar diretamente Emilio Odebrecht".

J� com Dilma Rousseff, o tema teria sido abordado em "v�rias oportunidades" durante o seu primeiro mandato.

"Isso ocorreu, por exemplo, quando ela informou Jo�o no primeiro semestre de 2014 que havia viabilizado um meio de saldar, antecipadamente, todo o pagamento n�o oficial da sua campanha de reelei��o. Algo em torno de R$ 35 milh�es. A opera��o, segundo Dilma informou a Jo�o, seria articulada por Guido Mantega, por fora, sem registro cont�bil. Todavia isso n�o se efetivou", diz o anexo da dela��o.

De acordo com o delator, o tema caixa 2 e dep�sitos no exterior foram abordados ainda mais diretamente em setembro de 2014, quando Dilma perguntou se os dep�sitos no exterior feitos pela Odebrecht foram feitos de forma segura.

A mesma pergunta teria sido feita por Dilma Rousseff � empres�ria M�nica Moura, em novembro de 2014, quando a chamou �s pressas para um encontro em Bras�lia.

Defesa

Procurada pela reportagem, a assessoria do ex-presidente Lula informou que n�o vai comentar "declara��es de pessoas que buscam benef�cios judiciais" e que "dela��es, pela legisla��o brasileira, n�o s�o provas".

A assessoria de Dilma Rousseff informou que a defesa da petista ainda n�o teve acesso aos autos e que deve se pronunciar at� o final do dia.

Procurada, a defesa de Mantega ainda n�o foi localizada. Em depoimento � Justi�a Eleitoral, Guido Mantega disse que n�o pediu ao empreiteiro Marcelo Odebrecht doa��es nem para o PT nem para a campanha de Dilma ao governo em 2014. Mantega negou que tenha se envolvido na capta��o de recursos da campanha e sustentou que a participa��o foi restrita � formula��o de propostas econ�micas e � prepara��o de respostas para debates eleitorais da ex-presidente.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)