Ex de Marta recebia sem trabalhar, diz Jo�o Santana

S�o Paulo, 13 - O marqueteiro Jo�o Santana disse em depoimento ao Minist�rio P�blico Federal (MPF) que o ex-marido da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) Lu�s Favre recebia sem trabalhar um sal�rio mensal de R$ 20 mil na Polis. Segundo Santana, o emprego foi dado ap�s um pedido de Marta porque Favre n�o podia nem mesmo "comprar uma bicicleta".

"A gente aceitava para agradar. N�o tinha nenhuma utilidade. Ela (Marta) disse que eu n�o me preocupasse com o custo, que seria compensado com verba extra-oficial", afirmou o marqueteiro em sua dela��o premiada. A contrata��o ocorreu em 2008 e foi acertada logo nos primeiros encontros entre Marta e Santana para tratar da campanha � reelei��o de Marta para a prefeitura de S�o Paulo. Na �poca ela estava no PT.

De acordo com Santana, Favre n�o prestou nenhum tipo de servi�o para a Polis e permaneceu na empresa mesmo depois de encerrada a campanha. O delator afirma que, questionada sobre isso, Marta teria dito: "N�o se preocupe. Pelo curr�culo internacional dele, pode dizer que ele d� consultoria para suas empresas no Exterior".

Tanto Santana como sua mulher, a empres�ria M�nica Moura, afirmam que Marta sabia que os recursos para pagar o sal�rio de seu marido na �poca vinham de caixa 2. "A gente tinha estabelecido o pre�o da campanha, mas que a� ela incorporaria esse custo como uma forma de compensa��o. Era uma maneira de regularizar a vida cont�bil dele", disse Santana. Nas palavras de M�nica, era "direito branqueado", necess�rio para Favre, estrangeiro, sem renda naquela �poca. "O pagamento do Luis Favre, entrou no bolo das despesas de campanha. Ele n�o prestou servi�o. Ele � um estrategista, participava de algumas reuni�es. Fizemos um contrato simulado a pedido da senadora", afirmou o marqueteiro.

(L�gia Formenti)