S�o Paulo e Bras�lia, 17 - O ex-chefe da Casa Civil do governo do Mato Grosso Pedro Nadaf disse em depoimento ao Minist�rio P�blico Estadual que o ent�o governador Silval Barbosa (PMDB) contou a ele que pagou cerca de R$ 50 milh�es em propina para conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Teriam recebido propina os conselheiros S�rgio Ricardo, Jos� Carlos Novelli, Valter Albano, Antonio Joaquim e Waldir Teis.
Nadaf detalhou aos investigadores que Silval lhe disse que em 2013 foi procurado pelo conselheiro Jos� Carlos Noveli. O ent�o presidente da corte de contas teria oferecido ajuda no julgamentos de casos de interesse do governo no TCE em troca do pagamento de propina.
"Que segundo relatos de Silval, ele teria fechado um acordo de pagamento mensal de R$ 3,5 milh�es a serem distribu�dos a cinco conselheiros do TCE, em 14 parcelas", diz Nadaf.
Trechos dos depoimentos de Nadaf foram revelados pelo site RDNews, de Mato Grosso, um dia depois do TCE arquivar uma investiga��o interna contra seis integrantes acusados de envolvimentos em fatos semelhantes aos narrados do ex-secret�rio. O ex-bra�o direito de Barbosa foi preso e investigado em diversas opera��es e est� colaborando com a Justi�a.
No depoimento, o ex-secret�rio explica ao MP que os valores pagos ao conselheiros sa�ram do esquema criminoso descoberto pela Opera��o Seven e de outros praticados durante o governo de Silval Barbosa. O peemedebista est� preso e tamb�m negocia um acordo com o Minist�rio P�blico Federal.
Somente na opera��o Seven, o MP mapeou o desvio de R$ 7 milh�es dos cofres p�blicos por uma organiza��o criminosa formada pelo pr�prio Nadaf, o ex-governador Silval Barbosa, outros secret�rios e empres�rios do Estado. Eles adquiriram, segundo o MP, de forma fraudulenta e superfaturada uma �rea de 721 hectares para ser acrescida ao Parque Estadual �guas do Cuiab�.
O Tribunal de Contas de Mato Grosso reafirmou que recebeu den�ncia no m�s de outubro de 2016 e que iniciou a apura��o dos fatos. "O TCE reafirma e destaca a total independ�ncia e lisura dos trabalhos de apura��o realizados ao longo de seis meses pela Comiss�o respons�vel pela Instru��o Sum�ria, que foram conduzidos por dois conselheiros substitutos e um procurador do Minist�rio P�blico de Contas", diz em nota.
(Fausto Macedo e Fabio Serapi�o)