Bras�lia, 19 - O empres�rio Joesley Batista, dono da JBS, disse � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) que sempre recebeu "sinais claros" - primeiro, pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e depois, pelo presidente Michel Temer - de que era necess�rio fazer pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao corretor L�cio Funaro, presos pela Lava Jato, para que ambos ficassem "calmos" e n�o partissem para a dela��o premiada.
O empres�rio contou que, em reuni�o no Pal�cio do Jaburu, no dia 7 de mar�o, Temer lhe disse que Cunha o "fustiga", o que entendeu como "recado de que pagasse".
O empres�rio relatou trecho de conversa com Temer no qual tratou dos interesses da JBS em v�rios �rg�os do governo. "Sobre o BNDES, Temer intercedeu pessoalmente a favor do grupo do depoente, segundo ele afirmou, tendo falado com a presidenta (Maria S�lvia), o que foi infrut�fero", diz trecho de documento da PGR.
Joesley relatou tamb�m que o presidente lhe assegurou que seria poss�vel ter uma pessoa no Cade, com quem poderia ter uma "conversa franca"; e que faria serem atendidos pleitos do empres�rio com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
(F�bio Fabrini, Fabio Serapi�o e Beatriz Bulla, de Bras�lia)