S�o Paulo, 20 - Em depoimento � Procuradoria-Geral da Rep�blica no �mbito de sua dela��o premiada, o empres�rio Joesley Batista disse que em 2016 chegou a pedir para um preposto do senador A�cio Neves (PSDB-MG) que pelo amor de Deus ele parasse de pedir dinheiro.
"Em 2016, um dia na casa dele ele me pediu 5 milh�es e eu n�o dei. Logo depois come�ou (sic) as investiga��es contra mim e eu chamei aquele amigo dele, Fl�vio, e pedi pro Fl�vio para pedir a ele para, pelo amor de Deus, parar de me pedir dinheiro", disse Batista.
A afirma��o foi feita quando o empres�rio passou a descrever pagamentos feitos por ele ao senador tucano. Joesley iniciou o t�pico "A�cio" descrevendo que conheceu o senador durante a campanha de 2014. "Fomos o maior doador da campanha dele", disse.
O empres�rio relatou que j� no ano seguinte � elei��o, A�cio continuou pedindo dinheiro com a justificativa de que era para arcar com d�vidas de campanha.
Ele descreveu o repasse de R$ 17 milh�es ao senador por meio da compra superfaturada de um pr�dio em Belo Horizonte, de propriedade de um aliado do senador.
"Precisava de R$ 17 milh�es e tinha um im�vel que dava para fazer de conta que valia R$ 17 milh�es", disse. Segundo o empres�rio foi A�cio quem indicou o im�vel.
Questionado por um procurador se tratava-se de um superfaturamento do im�vel para justificar esse repasse de dinheiro, o empres�rio disse: "Sem d�vida. N�o est�vamos atr�s de comprar um pr�dio em Belo Horizonte."
(Valmar Hupsel Filho)