Bras�lia e S�o Paulo - A Pol�cia Federal informou nesta segunda-feira, 22, que ainda n�o recebeu o gravador usado pelo executivo Joesley Batista, da JBS, para gravar a conversa com o presidente Michel Temer na noite de 7 de mar�o no Pal�cio do Jaburu. Os peritos criminais federais que v�o analisar o �udio reputam "fundamental" examinar o equipamento que o empres�rio usou.
Temer, alvo de inqu�rito no Supremo Tribunal Federal por suspeita de corrup��o passiva, obstru��o da investiga��o e participa��o em organiza��o criminosa, alega que a grava��o de sua conversa com Joesley foi editada e manipulada. Seu defensor, o criminalista Ant�nio Claudio Mariz de Oliveira, pediu a suspens�o do inqu�rito at� que a per�cia federal seja realizada. O Plen�rio do STF vai decidir na quarta-feira.
A PF j� recebeu os quesitos apresentados pela Procuradoria-Geral da Rep�blica e pela defesa do presidente para elabora��o do laudo pericial. Mas os peritos insistem que � "fundamental" o gravador utilizado por Joesley.
"Em an�lise t�cnica preliminar, o Instituto Nacional de Criminal�stica apontou que � fundamental ter acesso ao equipamento que realizou as grava��es originais. Por esse motivo, a PF oficiou � Procuradoria, solicitando o aparelho", destacou a PF, em nota divulgada neste domingo, 21.
A PF assinalou que "n�o h� prazo inicial estipulado para conclus�o dos trabalhos periciais, especialmente diante da necessidade apontada de per�cia tamb�m no equipamento".
Desde que firmou acordo de dela��o premiada com a Procuradoria, Joesley se mudou com a fam�lia para Nova York - sua sa�da do Pa�s, sem tornozeleira eletr�nica, faz parte do pacto.
Investigadores avaliam que este � o acordo mais "generoso" da Lava-Jato. Joesley e seu irm�o, Wesley, v�o pagar R$ 110 milh�es cada um. O grupo tenta acordo de leni�ncia, mas oferece um valor pouco superior a R$ 1 bilh�o - a Procuradoria exige mais de R$ 11 bilh�es.