Bras�lia - O l�der do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), passou a defender abertamente a sa�da do presidente Michel Temer para a realiza��o de elei��es indiretas. Nesta ter�a-feira, 23, durante sess�o da Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE), Renan disse que "o ideal seria conversar com o presidente para fazer uma transi��o r�pida e negociada".
"Nelson Jobim e Joaquim Barbosa s�o grandes nomes. � claro que a atual presidente do STF, os presidentes da C�mara e do Senado e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seriam candidatos naturais. Mas Jobim e Barbosa s�o �timos nomes", defendeu.
Em mais um embate com Temer, Renan far� um discurso hoje na Marcha das Centrais sindicais, em Bras�lia, contra as medidas econ�micas defendidas pelo governo. Ap�s sua fala, os manifestantes seguir�o em dire��o ao Congresso Nacional, onde ser� realizado ato contra as reformas trabalhista e previdenci�ria.
Oposi��o
A participa��o de Renan no protesto faz parte da estrat�gia do peemedebista de se aproximar cada vez mais da oposi��o. Com a crise no governo, o alagoano tamb�m aproveitou para intensificar as conversas com partidos insatisfeitos com o governo para angariar apoio em uma eventual elei��o indireta no Congresso, como PSB e PDT. O primeiro integrava a base aliada do governo at� s�bado passado, quando anunciou sua sa�da e defendeu a ren�ncia do presidente. Apesar disso, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PSB) afirmou nesta ter�a, em suas redes sociais, que n�o entregaria a pasta.
N�o � a primeira vez que Renan articula contra o governo. Desde o envio das reformas ao Congresso, ele tem enfrentado o Planalto, o que gerou mal estar dentro da bancada do PMDB, onde � l�der. Nas �ltimas semanas, Renan passou a participar de jantares com senadores da oposi��o e parlamentares que est�o deixando a base.
Na segunda-feira, Renan participou de jantar com K�tia Abreu (PMDB-TO), e os senadores L�dice da Mata (PSB-BA), Roberto Muniz (PP-BA), Jorge Viana (PT-AC) e Acir Gurgacz (PDT-RO). No encontro, discutiram a sa�da de Temer e a obstru��o das pautas do governo.
O posicionamento de Renan incomoda alas do PMDB e aliados de Temer, que pedem que a base aliada mantenha um clima de "normalidade" e aguarde o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no pr�ximo dia 6, para se posicionar. Mesmo admitindo dificuldade de manter o governo, aliados de Temer argumentam que a cassa��o da chapa seria uma sa�da "mais digna" que a ren�ncia.
