Rio - O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, ouviu as primeiras testemunhas de acusa��o da Opera��o Efici�ncia, desdobramento da Calicute que investiga a oculta��o no exterior de mais de US$ 100 milh�es pelo esquema de corrup��o liderado pelo ex-governador S�rgio Cabral (PMDB).
Coelho disse que chegou a analisar duas causas envolvendo as empresas de Eike Batista no fim de 2012. Logo depois, foi emitida a nota fiscal, antes mesmo de o escrit�rio ingressar com recursos no Superior Tribunal de Justi�a. "A informa��o que eu tenho, a minha lembran�a, � que n�s recebemos duas demandas, examinei as quest�es, e logo depois houve a emiss�o da nota de servi�os advocat�cios. � um valor elevado, mas era compat�vel para esse caso", afirmou Coelho.
Para Fernando Martins, advogado de Eike, o depoimento serviu para fortalecer a tese de que o relacionamento entre o empres�rio e o escrit�rio de Adriana Ancelmo era "estritamente profissional".
Michelle Tomaz Pinto, a ex-secret�ria de Adriana Ancelmo, disse que n�o viu no escrit�rio pastas ou documentos referentes �s empresas do Grupo X. Ela assumiu o setor de faturamento em 2013, depois de a nota fiscal ter sido emitida. A defesa de Adriana Ancelmo fez perguntas referentes a supostos gastos que Michelle teria feito no cart�o de Adriana, numa tentativa de desqualificar a testemunha. O juiz Bretas indeferiu as perguntas.
A Efici�ncia foi deflagrada em 26 de janeiro, com mandados de pris�o tempor�ria expedidos contra nove pessoas, entre elas o empres�rio Eike Batista e Fl�vio Godinho, ex-executivo do Grupo X. Eles n�o foram interrogados nesta quarta-feira.
A partir da dela��o premiada dos irm�os Marcelo e Renato Chebar - os doleiros que esconderam em nove pa�ses a fortuna amealhada por Cabral a partir de propinas, segundo den�ncia do MPF - os procuradores repatriaram R$ 270 milh�es. Uma planilha fornecida pelos delatores mostrou que a organiza��o criminosa chefiada por Cabral movimentou R$ 4 milh�es por m�s, entre agosto de 2014 e junho de 2015.
S�o r�us na Opera��o Efici�ncia o casal S�rgio Cabral e Adriana Ancelmo, Eike Batista e Fl�vio Godinho; Wilson Carlos, ex-secret�rio de Governo; Carlos Miranda, suspeito de ser operador do esquema; Luiz Arthur Andrade Correia, Renato Chebar e Marcelo Chebar, apontados como operadores financeiros no esquema.