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Estado de Minas

Associa��es de jornalismo criticam divulga��o de conversa de Reinaldo Azevedo


postado em 24/05/2017 13:37

S�o Paulo, 24 - Associa��es de jornalismo criticaram a divulga��o, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de conversa entre o jornalista Reinaldo Azevedo e Andrea Neves, irm� do senador A�cio Neves, no �mbito da investiga��o relativa � dela��o da JBS.

A Associa��o Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiu nota em que diz que "v� com preocupa��o a viola��o do sigilo de fonte protagonizada pela Procuradoria Geral da Rep�blica".

Ainda de acordo com a associa��o, a "inclus�o das transcri��es em processo p�blico ocorre no momento em que Reinaldo Azevedo tece cr�ticas � atua��o da PGR, sugerindo a possibilidade de se tratar de uma forma de retalia��o ao seu trabalho" e "considera que a apura��o de um crime n�o pode servir de pretexto para a viola��o da lei, nem para o atropelo de direitos fundamentais como a prote��o ao sigilo da fonte, garantido pela Constitui��o Federal."

J� a Associa��o Brasileira de Imprensa (ABI) disse manifestar "profunda preocupa��o com o comportamento da Procuradoria Geral da Rep�blica". A entidade afirma que o epis�dio � ainda mais grave j� que o conte�do do di�logo "n�o tem nenhuma conex�o com a investiga��o protagonizada pela PGR". "Os �udios, portanto, jamais poderiam ser anexados ao inqu�rito e divulgados publicamente", diz a nota.

A ABI afirmou, ainda, que espera que esse epis�dio n�o volte a se repetir e que "as investiga��es da PGR prossigam dentro do que estabelece o ordenamento jur�dico do pa�s, ao inv�s de agredir garantias, ignorar direitos e macular fundamentos consagrados pela Carta de 1988".

O di�logo foi publicado pelo site BuzzFeed nesta ter�a-feira, 23. Segundo a reportagem, a conversa entre Azevedo e a irm� de A�cio ocorreu no dia 13 de abril, logo ap�s a abertura dos conte�dos da dela��o da Odebrecht. Eles tamb�m conversaram sobre Rodrigo Janot, procurador-geral da Rep�blica. Azevedo anunciou, no mesmo dia, sua demiss�o da revista e afirmou que dar publicidade a "esse tipo de conversa � s� uma maneira de intimidar jornalistas".

Os �udios fazem parte de um lote de grava��es liberado pelo ministro Edson Fachin na semana passada ap�s o fim do sigilo das dela��es. Em notas, a Procuradoria-Geral da Rep�blica e a Pol�cia Federal negaram ter divulgado a conversa.

De acordo com a PF, a grava��o dos di�logos foi feita no m�s de abril, por decis�o judicial do ministro Edson Fachin, e que "somente o juiz do caso pode decidir pela inutiliza��o de �udios que n�o sejam de interesse da investiga��o".

O ministro Gilmar Mendes tamb�m criticou a divulga��o da grava��o. "A lei que regulamenta as intercepta��es telef�nicas � clara ao vedar o uso de grava��o que n�o esteja relacionada com o objeto da investiga��o. � uma irresponsabilidade n�o se cumprir a legisla��o em vigor", afirmou.


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