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Estado de Minas

Ministros do STF e Janot discutiram seguran�a durante manifesta��es


postado em 24/05/2017 23:25

Com barulho de helic�pteros e bombas vindo da Esplanada dos Minist�rios, o Supremo Tribunal Federal (STF) parecia alheio aos protestos que ocorriam a poucos metros dali na tarde desta quarta-feira. Em meio a manifesta��es e crise pol�tica, os ministros julgavam processos tribut�rios no plen�rio. Poucos minutos depois de manifestantes colocarem fogo no pr�dio do Minist�rio da Agricultura, no entanto, um aviso chegou � presidente C�rmen L�cia.

O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, cochichou com a presidente durante a sess�o. C�rmen antecipou o intervalo habitual para avaliar o quadro. Os dois esperaram o decano, ministro Celso de Mello, para deixar o plen�rio. Em car�ter reservado, os ministros se reuniram no sal�o onde costumam fazer pausa para um caf� no intervalo das sess�es ou reuni�es administrativas. Janot, presente, explicava aos ministros a situa��o do lado de fora. A seguran�a do STF tamb�m levou informa��es sobre o que acontecia na Esplanada.

Na conversa reservada, segundo relatos feitos ao jornal O Estado de S.Paulo, Janot chegou a sugerir a libera��o dos servidores do Tribunal. Os minist�rios come�avam a adotar a medida. Na Procuradoria-Geral da Rep�blica, funcion�rios terceirizados foram liberados mais cedo. Simultaneamente, alguns poucos manifestantes furaram o bloqueio da pol�cia e se aproximaram da Corte. Com um megafone, pediam que "ministros e ministras" anulassem o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

O intervalo e a conversa duraram 30 minutos. C�rmen L�cia e alguns ministros avaliaram que a libera��o dos servidores poderia soar como se o Supremo estivesse "dando muni��o" ao protesto. Ap�s C�rmen receber informa��o de que o acesso � Pra�a dos Tr�s Poderes estava controlado e n�o haveria risco para seguran�a de servidores e ministros, a sess�o foi retomada e levada at� o fim pela presidente.

As aten��es, no entanto, estavam do lado de fora. Janot n�o tirou os olhos do celular e os ministros conversavam, em pares, mesmo durante a sess�o. O �nico a se manifestar publicamente foi Marco Aur�lio Mello, que citou o decreto do presidente Michel Temer sobre uso de for�as armadas.

"Presidente, voto um pouco preocupado com o contexto e eu espero que a not�cia n�o seja verdadeira. O chefe do Poder Executivo teria editado um decreto autorizando o uso das For�as Armadas do Distrito Federal no per�odo de 24 a 31 de maio", afirmou.

Os ministros foram pegos de surpresa. Reservadamente, j� h� ministro da Corte que demonstre preocupa��o com a extens�o do decreto da presid�ncia: sobre locais de atua��o e per�odo. Na sa�da, os ministros evitaram comentar publicamente a fuma�a das bombas ou o decreto. Para confirmar a confian�a no forte aparato de seguran�a do Tribunal, alguns mantiveram o h�bito de sai a p�, na rua, para andar do edif�cio sede at� o pr�dio que sedia os gabinetes. (Beatriz Bulla)


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